Panorama internacional

China 'não tolerará' tentativas do Pentágono para pressionar relações militares, diz Defesa chinesa

No contexto da escalada de tensões entre o gigante asiático e o governo estadunidense que pretende enviar Nancy Pelosi a Taiwan, Pequim diz que tomará medidas "racionais, eficazes, seguras e profissionais para combater os EUA".
Sputnik
A China "não tolerará" tentativas de pressionar o Exército de Libertação Popular (ELP) por meio de interações com seus colegas norte-americanos, indicou o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, coronel Wu Qian.

"Os contatos entre os Exércitos da China e dos Estados Unidos são um componente importante das relações sino-americanas. Agradecemos esses laços, mas no processo de interação seguiremos nossos próprios princípios", disse Wu em entrevista a repórteres na quinta-feira (28).

As considerações do porta-voz acontecem em meio à intenção da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, de visitar Taiwan, ação que Pequim já deixou claro que não concorda e que poderia até se posicionar com uma "resposta militar".
Na quarta-feira (27), a Associated Press informou que o Pentágono estava desenvolvendo planos de contingência para "proteger" Pelosi se ela cumprir os planos de visitar a ilha.
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A China condena há muito tempo todas as formas de interações oficiais entre funcionários dos EUA e de Taiwan. Pelosi é classificada como a terceira autoridade mais poderosa em Washington, e teria a tarefa de assumir a presidência se algo acontecesse com Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris.
Acusando "alguns representantes do lado norte-americano" de "pressionarem persistentemente Pequim", Wu enfatizou que o lado chinês simplesmente não "suportaria e toleraria obedientemente" tal pressão: "Naturalmente, vamos nos opor fortemente a isso", disse ele.
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O representante da Defesa do gigante asiático também comentou sobre a intensificação da atividade militar do Pentágono na China nos últimos dias, chamando as ações de "provocativas" e assegurando que Pequim "tomaria medidas racionais, eficazes, seguras e profissionais para combater os Estados Unidos".
Também nesta semana, o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley, acusou Pequim de se tornar uma potência cada vez mais agressiva, tanto em termos de retórica quanto de atividade militar.
O porta-voz chinês da Defesa sugeriu que há duas razões principais para as autoridades dos EUA fazerem declarações sobre o perigo supostamente representado pela China e seus militares: "A primeira é dar desculpas para o próprio desenvolvimento militar [dos EUA] por meio de ameaças exageradas. A segunda é difamar a China para servir ao seu propósito estratégico de conter e reprimir a nação", disse ele.
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