Panorama internacional

Para competir com China, Senado dos EUA aprova projeto de lei bilionário para fabricação de chips

Desde o auge da pandemia da COVID-19 em 2020 até agora, a falta de semicondutores é gigante no mundo todo. EUA aprovam projeto de lei para impulsionar indústria e desafiar Pequim.
Sputnik
Nesta quarta-feira (27), o Senado norte-americano aprovou uma legislação abrangente para subsidiar a indústria doméstica de semicondutores, na esperança de impulsionar as empresas, à medida que competem com a China, e aliviar uma escassez do produto, segundo a Reuters.
A lei Chips and Science (Chips e Ciência, na tradução) fornecerá cerca de US$ 52 bilhões (R$ 278 bilhões) em subsídios governamentais para a produção de semicondutores nos EUA, bem como um crédito fiscal de investimento para fábricas de chips estimados em US$ 24 bilhões (R$ 126 bilhões).
O Senado aprovou o tão esperado projeto de lei por uma votação bipartidária de 64 a 33, segundo a mídia. A Câmara dos Representantes deve aprová-lo ainda esta semana, o que o enviaria à Casa Branca para que o presidente Joe Biden assine a lei.
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A legislação também autorizaria mais de US$ 170 bilhões (R$ 892 bilhões) em cinco anos para impulsionar os esforços de pesquisa científica no país para competir melhor com Pequim. Entretanto, o Congresso ainda precisaria aprovar uma legislação de apropriações separada para financiar esses investimentos.
O senador Mark Warner disse que o projeto ajudaria a financiar de dez a 15 novas fábricas de semicondutores. Outros observaram que a China fez lobby contra o projeto.
"Este é um dia ruim para o presidente [da China] Xi [Jinping] e para o partido comunista chinês. O gigante adormecido que é a América finalmente despertou para o desafio que enfrentamos da República Popular da China", disse o senador John Cornyn citado pela mídia.
A escassez de semicondutores afeta intensamente a produção em diversos tipos de setores industriais, por exemplo a produção de carros, armas, máquinas de lavar, celulares e vídeo games.
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