Panorama internacional

Ex-premiê Israelense: Irã obterá armas nucleares, Israel tem de atacar em grande escala

Ehud Barak, premiê de Israel entre 1999 e 2001, publicou uma coluna em que recomendou que Israel desenvolva estratégias com base na noção de que o Irã terá acesso a armas nucleares muito em breve.
Sputnik
Um ataque militar israelense já não evitará que o Irã adquira armas nucleares, declarou na segunda-feira (25) Ehud Barak, ex-primeiro ministro de Israel (1999-2001), em uma coluna publicada na revista Time.
Para ele, Teerã terá acesso a tais armas já durante as próximas semanas.
"Tanto Israel como (com certeza) os EUA podem operar sobre os céus do Irã contra este ou aquele local ou instalação e destruí-lo. Mas uma vez que o Irã é de facto um Estado nuclear no limite, este tipo de ataque simplesmente não pode atrasar os iranianos de virarem nucleares. De fato, sob certas circunstâncias pode acelerar sua corrida para montar aquela bomba, e dar-lhes uma medida de legitimidade com base na autodefesa", escreveu ele.
Barak defendeu a permissão de Israel para realizar uma operação militar de larga escala solitária contra o Irã porque as armas nucleares deverão ser lançadas quando os EUA estiverem ocupados com outras crises pelo mundo afora, e porque operações de baixa escala só deverão acelerar a tentativa de nuclearização do país persa.
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Para isso, diz, Tel Aviv precisa de meios fornecidos por Washington. Agora, com armas nucleares, o Irã deverá reforçar sua posição no Oriente Médio, sugere Ehud Barak.
"Isso assegura que ninguém ousará intervir em larga escala no Irã, não importa quão vulnerável o regime pareça. A capacidade nuclear também 'equilibrará' seu posicionamento em relação a Israel e dará aos iranianos mais liberdade para semear conflitos e desordens em toda a região", disse.
O ex-premiê mantem esperança que um acordo diplomático "apoiado por uma ameaça credível de guerra em larga escala" possa ser uma abordagem "realista" para deter o Irã. Caso contrário, afirma, a obtenção de armas nucleares terá um efeito dominó no Oriente Médio.
"Se o Irã optar pela [via] nuclear [...] A Turquia, Egito e de uma forma diferente a Arábia Saudita se sentirão compelidos" a fazer o mesmo, prevê ele.
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