Panorama internacional

EUA anunciam expansão da presença no Indo-Pacífico em meio a tensões com China

Um alto funcionário da Guarda Nacional dos EUA apontou o Indo-Pacífico como um "teatro muito importante neste momento", onde será iniciada metade dos novos programas de treinamento do ramo militar.
Sputnik
A Guarda Nacional dos EUA planeja expandir significativamente seus programas nos países do Indo-Pacífico, com o objetivo de fortalecer a presença americana na região, revelou Dan Hokanson, principal general do ramo militar, ao portal Defense One.
O chefe do Escritório da Guarda Nacional disse na entrevista publicada na segunda-feira (25) que as unidades da força têm agora mais de 90 acordos de treinamento com países de todo o mundo. Segundo ele, os locais de lançamento dos próximos programas são determinados por uma lista de prioridades criada pelo Departamento de Estado americano, comandantes de combate e pela própria Guarda Nacional.
Panorama internacional
Austrália exorta EUA a reforçarem presença militar para evitar 'falha catastrófica' na Ásia-Pacífico
Hokanson referiu que dos dez principais programas de treinamento atualmente em consideração, "provavelmente cinco" estão no Indo-Pacífico.
"Como você sabe, é um teatro muito importante neste momento", sublinhou ele, acrescentando que dentro do Comando Indo-Pacífico dos EUA (USINDOPACOM, na sigla em inglês) "há muitas nações insulares" e muitas "áreas emergentes, por isso estamos trabalhando muito de perto com elas".
Na semana passada Mark Milley, general do Exército dos EUA e chefe do Estado-Maior Conjunto, opinou que priorizar o Indo-Pacífico era importante devido à suposta "agressividade" crescente da China na região, que ele disse não ter uma aliança de segurança coletiva ao estilo da OTAN.
Em 12 de junho, Wei Fenghe, ministro da Defesa da China, condenou a nova estratégia do Indo-Pacífico dos EUA, conhecida como Quadro Econômico Indo-Pacífico para a Prosperidade (IPEF, na sigla em inglês), a qual, segundo ele, tem o objetivo de fomentar o confronto na região para deter "um país em particular" e controlar outros Estados da região.
Comentar