"Nossos concorrentes e adversários também sabem o quanto essa região é rica em recursos", afirmou a general, antes de listar a riqueza da América Latina que tinha na memória: "60% do lítio do mundo estão na região; você tem petróleo bruto pesado, você tem petróleo bruto leve, você tem elementos de terras raras, você tem a Amazônia […] você tem 31% da água doce do mundo aqui na região."
A seguir Richardson diz sem apresentar provas que os "concorrentes e adversários" do governo dos EUA estão "tirando proveito diariamente desta região", e adverte que "o que acontece nesta região em termos de segurança, impacta nossa segurança – nossa segurança nacional na pátria".
Em seu discurso completo, a general refere-se de forma desdenhosa à América Latina e ao Caribe como "bairro" dos EUA, em uma aparente insinuação da Doutrina Monroe (diretriz estabelecida pelo país no século XIX que impedia a interferência europeia na América e estabelecia a liderança dos Estados Unidos no continente).
Comandante do SOUTHCOM dos EUA: "Esta região é tão rica em recursos [...] É extraordinariamente rica." "60% do lítio do mundo estão na região; você tem petróleo bruto pesado, tem petróleo leve, tem elementos de terras raras, tem a Amazônia..."
Recentemente, o ex-assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, disse em entrevista à CNN que esteve envolvido no planejamento de golpe de Estado na Venezuela.
Anteriormente, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que foi deposto em um golpe apoiado pelos EUA em 2019 disse que, "nos Estados Unidos, há uma grande preocupação com o lítio, e este golpe é sobre o lítio. Eles não querem que obtenhamos como um Estado o valor acrescentado do lítio; eles querem que nossos recursos naturais estejam nas mãos de [empresas transnacionais]".
De acordo com a mídia independente Redfish, o governo dos EUA apoiou 56 intervenções militares na região da América Latina.