Panorama internacional

Hungria quer comprar mais 700 milhões de metros cúbicos de gás, mas diz ser impossível sem Rússia

Peter Szijjarto, ministro das Relações Exteriores da Hungria, pediu a Sergei Lavrov, seu homólogo da Rússia, para aumentar o transporte de gás, disse o último após encontro bilateral.
Sputnik
A Hungria conta aumentar as importações do gás da Rússia, seus pedidos serão considerados imediatamente, relatou na quinta-feira (21) Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo.
"Hoje [21], nossos colegas nos informaram sobre o interesse do governo húngaro em comprar quantidades adicionais de gás neste ano. Este pedido será imediatamente comunicado e considerado", disse ele aos jornalistas após uma reunião com Peter Szijjarto, ministro das Relações Exteriores da Hungria.
Szijjarto, por sua vez, anunciou que a Hungria tomou medidas para receber gás adicional através da rota sul e do interconector na fronteira com a Áustria e Eslováquia.
Panorama internacional
Hungria declara estado de emergência energética e proíbe exportação de energia e lenha
"A realidade física continua sendo a realidade física. Sem fontes russas, é simplesmente impossível adquirir tal quantidade de gás adicional na Europa. Por isso nós, na Hungria, tomamos todas as medidas necessárias para podermos aceitar toda esta quantidade adicional de gás através da direção sul, através do interconector que fica na fronteira com a Eslováquia e Áustria. Ou seja, podemos aceitar 20 milhões de metros cúbicos diariamente", afirmou o ministro húngaro.
Ninguém está interessado que na Europa surjam crises, apontou Lavrov.
"Entristece-me ver a União Europeia seguindo o caminho que os EUA estão basicamente indicando, que o Ocidente coletivo deve estar unido, nem um passo para trás, para a direita ou para a esquerda, apenas para frente, onde quer que o camarada mais velho lhe diga para ir. Só posso desejar à União Europeia que supere as dificuldades atuais."
"Ninguém está interessado em que haja crises na Europa, e gostaria de desejar aos países que insistem que suas políticas serão determinadas por seus interesses nacionais [...] que é um desejo justo, absolutamente natural, ele prevalecerá e será respeitado", garantiu o chanceler da Rússia.
A Rússia e a Hungria também reafirmaram o compromisso com o desenvolvimento da usina nuclear Paksh com a participação da empresa estatal russa Rosatom e a exportação de hidrocarbonetos, com os dois ministros referindo a dificuldade dos projetos criada pelas sanções antirrussas.
"Buscaremos e encontraremos soluções que tornarão nossa interação em todas as áreas independente deste tipo de caprichos e 'castigos'", explicou Sergei Lavrov.
Comentar