Panorama internacional

Após quase 2 décadas, unidade militar de Israel admite usar drones armados em ataques aéreos

Órgão militar israelense diz que fez uma revisão "profunda e atual" do assunto e por isso decidiu trazer a público a informação, no entanto, Tel Aviv não divulgou quantos drones de ataque possui.
Sputnik
Depois de quase duas décadas, o Censor Militar (uma unidade da diretoria de Inteligência Militar das Forças de Defesa de Israel) disse na quarta-feira (20) que as Forças de Defesa de Israel (FDI) usam drones armados para atacar alvos.

"Constatou-se que não há impedimento em publicar o uso de drones de ataque das FDI como parte de suas atividades operacionais", disse o censor em um breve comunicado após examinar a questão citado pelo The Times of Israel.

Contudo, o Censor Militar não detalhou o que o levou a mudar sua política, além de dizer que realizou uma revisão "profunda e atual" do assunto. A decisão veio um dia depois que as FDI atacaram um posto do Hamas na Faixa de Gaza em resposta a tiros em direção a uma cidade na fronteira, usando um drone armado Elbit Hermes 450.
Imagens publicadas por meios de comunicação estrangeiros mostraram o Hermes 450 com cápsulas presas às asas, usadas para lançar pequenas munições guiadas.
Israel revela pela primeira vez que está usando a guerra de drones contra alvos terrestres em lugares como a Síria. Aqui é mostrado o Elbit Hermes 450 de fabricação israelense. Também é operado por militares na África, Ásia, América do Sul e Europa Oriental.
De acordo com a mídia, durante anos, o órgão militar israelense não afirmou que usa drones armados, e os jornalistas que tentaram reportar sobre isso se depararam com o censor da FDI. Entretanto, Tel Aviv usou drones armados para atacar vários alvos ao longo dos anos e, segundo relatos, já na guerra de 2006 no Líbano e na guerra de 2008 na Faixa de Gaza, relata o jornal.
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Drones também foram usados ​​em uma técnica conhecida como "bater no telhado", na qual um míssil inerte é disparado contra o telhado de um prédio para alertar os moradores a saírem antes que a estrutura seja destruída por munições armadas.
Mesmo admitindo que usa veículos aéreos não tripulados armados, o Estado judeu não divulgou quantos drones de ataque possui. O Hermes 450 é operado pelo 161º Esquadrão da Força Aérea.
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