Segundo o ministro, não há comunicação direta com Moscou e o contato é mantido por meio de embaixadores e adidos militares. A declaração de Nosatii ocorreu durante entrevista à emissora moldava TV8.
"Nós recebemos mensagens tranquilizadoras de que a operação [na Ucrânia] não diz respeito à Moldávia e de que não há ameaças diretas à Moldávia", disse o chefe da Defesa moldava.
Segundo Nosatii, a situação está sob controle, mas a ameaça à segurança do país não desapareceu completamente.
"Comparado com fevereiro, tudo melhorou — a situação na Ucrânia melhorou significativamente, as hostilidades saíram das fronteiras da Moldávia. Mas acredito que a situação está muito quente, a escalada pode atingir o nível máximo", afirmou.
Soldados ucranianos se deslocam por uma estrada usando um veículo de combate blindado, no interior do oblast de Donetsk, em 8 de julho de 2022
© AFP 2023 / Miguel Medina
Nosatii acrescentou que a Moldávia precisa de equipamentos militares como tanques, veículos blindados, drones, capacetes, proteção corporal e armamento antitanque e de artilharia para que as capacidades de defesa do país possam melhorar.
Apesar das necessidades apontadas por Nosatii, o ministro afirmou que o país não está em tratativas para adquirir equipamentos devido ao investimento necessário e à necessidade de treinamento sofisticado que isso acarretaria aos soldados moldavos.
O ministro mencionou que a Moldávia receberá equipamentos militares sob uma iniciativa da União Europeia estimada em 40 bilhões de euros (cerca de R$ 217 bilhões) para fortalecer os militares do país. O envio será feito por um período entre 15 e 36 meses.