Panorama internacional

China exorta países da Ásia a não virarem 'peças de xadrez' de grandes potências

Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, falou com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, e à ASEAN, deixando claro que os países da região devem decidir seu próprio destino.
Sputnik
Os países da Ásia-Pacífico não devem permitir que sejam usados como "peças de xadrez" por potências globais, sugeriu na segunda-feira (11) Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China.
"Devemos isolar esta região dos cálculos geopolíticos [...] de ser usada como peças de xadrez da grande rivalidade de poder e da coerção. O futuro da nossa região deveria estar em nossas próprias mãos", falou ele em discurso à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) em Jacarta, Indonésia, citado na segunda-feira (11) pela agência britânica Reuters.
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Yi também descreveu como "franco" o encontro de cinco horas que teve com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, tendo apontado a ele que os dois lados devem discutir a criação de regras de interações positivas e apoiar o regionalismo na Ásia-Pacífico.
"Os elementos centrais são apoiar a centralidade da ASEAN, manter a estrutura existente de corporações regionais e respeitar os direitos e interesses legítimos uns dos outros na Ásia-Pacífico, em vez de procurar antagonizar ou conter o outro lado", disse Wang.
Sobre Taiwan, Wang sublinhou que "os dois lados do estreito [de Taiwan] desfrutarão de desenvolvimento pacífico", mas que "quando o princípio de Uma Só China for desafiado arbitrariamente ou até sabotado, haverá nuvens negras ou até tempestades ferozes no estreito".
A República Popular da China (RPC), formada em 1949, considera Taiwan, cuja independência nunca reconheceu, um território renegado que está destinado a se reunificar um dia como parte de uma China unificada. Já os EUA, apesar de reconhecerem nominalmente a RPC como única representante da China desde 1979, assinaram no mesmo ano o Ato das Relações de Taiwan, sob o qual Taipé e Washington mantêm relações bilaterais não oficiais, incluindo apoio militar à ilha.
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