Panorama internacional

Emirados Árabes miram em projetos de startups do Brasil para zerar sua dependência de petróleo e gás

Meta do país árabe é ficar "zero dependente" dos combustíveis até 2030 e o "momento de transição" é agora, segundo um dos coordenadores do planejamento.
Sputnik
O programa de aceleração do Parque de Tecnologia e Inovação (SRTIP, na sigla em inglês) de Sharjah, terceira cidade mais populosa dos Emirados Árabes Unidos (EAU), busca a expertise e criatividade brasileiras para ajudarem o país com projetos ligados à energia, água, design, arquitetura, transporte e logística, análise ambiental ou economia sustentável.
De acordo com o jornal Valor Econômico, dentro do planejamento, há 20 vagas gratuitas para startups brasileiras interessadas em participar de seu processo seletivo.
Segundo Hussain Al Mahmoudi, CEO do SRTIP, a aproximação de empresas de base tecnológica é um caminho para reduzir a dependência econômica dos Emirados Árabes do setor de petróleo e gás.

"Originalmente, 70% da nossa economia é baseada neste setor [de petróleo e gás], mas o objetivo é sermos zero dependentes até 2030 e são sete anos até lá. Tudo está em um momento de transição agora e é um excelente período para empresas estabelecidas e startups. [...] Queremos que as empresas brasileiras venham conosco e vamos apresentá-las a esses mercados", afirmou Mahmoudi em entrevista à mídia.

O executivo também destacou que o interesse em startups também é uma forma de trazer apoio tecnológico a países grandes do Oriente Médio que são carentes destes recursos como Irã, Líbia, Iraque, Síria e Arábia Saudita.
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As inscrições para o Acelerador Avançado da Indústria de Sharjah (Saia, na sigla em inglês), projeto dentro do SRTIP, vão até 16 de agosto e a melhor proposta ganhará um prêmio de US$ 50 mil (R$ 262 mil).
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