Panorama internacional

Membros do Departamento de Segurança Nacional dos EUA indiciados por suposta espionagem pró-chinesa

Funcionários do Departamento de Segurança Nacional americano foram indiciados por um grande júri federal por suposto conluio com agentes chineses que perseguiam seus conterrâneos nos EUA.
Sputnik
Um grande júri federal dos EUA indiciou na quarta-feira (6) um funcionário atual e um ex-agente do Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês) devido terem supostamente participado de um esquema para silenciar os críticos de Pequim, informou na quinta-feira (7) o Departamento de Justiça americano.
Segundo a acusação, Craig Miller e Derrick Taylor, agente aposentado do DHS, acessaram e forneceram a outros três réus informações sobre ativistas chineses usando um banco de dados restrito do governo, com os últimos dois depois usando os registros para "espionar, assediar e desacreditar" as vítimas.
Os promotores afirmaram que a campanha foi executada por Fan "Frank" Liu, Matthew Ziburis e Qiang "Jason" Sun, sendo que o último ainda estava em liberdade.
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Matthew Olsen, vice-procurador-geral de Segurança Nacional dos EUA, prometeu que ele e seus colegas "defenderão os direitos das pessoas nos Estados Unidos de se engajarem na liberdade de expressão e expressão política, incluindo opiniões que o governo da RPC [República Popular da China] quer silenciar".
"Segundo a acusação, estes indivíduos ajudaram agentes de um governo estrangeiro na tentativa de suprimir as vozes dissidentes que se refugiaram aqui. Os réus incluem dois oficiais juramentados da lei que escolheram abandonar seus juramentos e violar a lei", sublinhou Olsen.
O Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA e a agência de inteligência britânica MI5 já disseram que Pequim estava "decidido a roubar tecnologia" para "minar os negócios e dominar o mercado", declarações que foram contrariadas por Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, que qualificou os EUA como "a maior ameaça à paz, estabilidade e desenvolvimento mundial".
"Instamos este funcionário dos EUA a ter a perspectiva correta, ver os desenvolvimentos da China de forma objetiva e razoável, e parar de espalhar mentiras e parar de fazer comentários irresponsáveis", disse Zhao, em referência a Christopher Wray, diretor do FBI, um dos autores das afirmações anti-chinesas.
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