Panorama internacional

União Europeia anuncia implementação de plano de emergência energética

Projeto para lidar com a escassez de gás, caso a Rússia corte o fornecimento de gás para o bloco, vai listar medidas a serem tomadas pelos Estados-membros.
Sputnik
A chefe da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, disse nesta quarta-feira (6) que está em andamento um plano de emergência para preparar o bloco de 27 países para um corte completo do fornecimento de gás russo. O plano será anunciado em meados deste mês.
"Se o pior acontecer, então temos que estar preparados", disse ela, citada pela Associated Press. "É muito importante ter uma visão geral europeia e uma abordagem coordenada de um possível corte completo do gás russo", acrescentou von der Leyen, observando que uma dúzia de Estados-membros já foram atingidos por reduções ou cortes totais no fornecimento de gás.
Em maio, a CE anunciou um plano chamado REPowerEU para abandonar a energia russa como parte das sanções impostas à Rússia por sua operação militar especial na Ucrânia. A comissão propôs um pacote de quase € 300 bilhões (cerca de R$ 1,6 trilhão) que inclui uso mais eficiente de combustíveis e implantação mais rápida de energias renováveis.
A Rússia é o principal fornecedor de energia da União Europeia (UE). Em 2021, o bloco importou 155 bilhões de metros cúbicos de gás natural do país, representando cerca de 45% de suas importações de gás e cerca de 40% de seu consumo total de gás.
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O mercado de gás europeu está atualmente passando por uma grave escassez de suprimentos de energia. As entregas da Gazprom da Rússia através do gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) caíram para cerca de 40% da capacidade devido à falta de peças por conta das sanções. Em 11 de julho, a Gazprom vai fechar o Nord Stream por dez dias para manutenção programada. Durante esse tempo, todos os fluxos de gás através do gasoduto serão interrompidos.
A situação levou os países da UE a anunciarem nesta semana medidas de emergência destinadas a reduzir o uso de gás natural. As entregas reduzidas ocorrem em um momento em que a Europa está correndo contra o tempo para estocar energia para o inverno.
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