De acordo com suas palavras, é preciso, "caso necessário, pôr em funcionamento o Nord Stream 2 por um prazo limitado, se o fornecimento de gás não puder ser garantido de outra maneira".
Além disso, na opinião do deputado alemão, os governos dos países da União Europeia devem rever as sanções energéticas contra a Rússia, porque estas não trazem os resultados esperados.
"Pelo contrário, essas medidas beneficiam a Rússia. Elas significam que embora se venda menos, as receitas dessas vendas são em geral maiores", explicou Ernst.
O parlamentar acrescentou ainda que o governo alemão deve assegurar a contenção dos preços de combustíveis através do aumento das entregas, inclusive da Rússia, porque os cidadãos e a economia do país viraram "vítimas da política sancionatória completamente fracassada". Neste contexto, é mesmo amoral manter as sanções em vigor, resumiu Ernst.
Posteriormente, o ministro de Energia da Alemanha, Robert Habeck, respondeu que a exploração do Nord Stream 2 para ultrapassar a crise energética "não é uma opção".
"O Nord Stream 2 não tem licença, ele está sob sanções [...] sob o regime sancionatório americano. Não, isso não é uma opção", disse o ministro ao responder à pergunta respectiva nas margens de uma conferência em Munique.
A Rússia reduziu o fornecimento de gás através do Nord Stream 1 em 60%, inicialmente devido a sanções canadenses que foram responsáveis pela retirada de uma peça-chave para o pleno funcionamento do gasoduto. Apesar disso, o gasoduto está programado para um desligamento total neste mês para manutenção previamente agendada.