Panorama internacional

Macron pede a Lapid que Israel faça 'paz histórica' com palestinos; premiê minimiza expectativas

O recém-empossado primeiro-ministro israelense não respondeu com muito entusiasmo ao pedido do mandatário francês, mas disse, diante das câmeras, que Tel Aviv não construirá mais assentamentos na Cisjordânia.
Sputnik
Nesta terça-feira (5), Yair Lapid esteve em Paris para se encontrar com Emmanuel Macron. Durante reunião, a França pediu a Israel que reiniciasse as negociações de paz com os palestinos, entretanto, Lapid minimizou essas perspectivas citando elementos de direita em seu governo interino antes das eleições de novembro, segundo a Reuters.
Falando às câmeras, Macron disse que "não há alternativa" ao diálogo político para aliviar as tensões entre israelenses e palestinos.
"Sei o quanto você pode marcar a história se relançar esse processo, que foi interrompido por muito tempo[...]", disse o líder francês acrescentando que os israelenses "têm sorte" de ter Lapid como premiê e que acredita que ele "tem o que é preciso" para ter sucesso.
O primeiro-ministro há muito argumenta que o recomeço das negociações sobre um Estado palestino seria bom para as necessidades de longa data de Israel. Mas, tendo assumido o cargo recentemente depois do parceiro nacionalista, Naftali Bennett, herdou uma coalizão que tem fortes opositores à ideia de ceder terras ocupadas aos palestinos.
"Falamos sobre a questão palestina, mas não foi a maior parte da discussão. A composição do governo continua o que é e as limitações continuam o que são", disse ele, adicionando que os franceses "têm uma compreensão completa disso", embora suas perguntas sejam "totalmente legítimas".
Ainda segundo a mídia, Lapid disse que não descartou um encontro com o presidente palestino Mahmoud Abbas, mas disse que é improvável nos próximos quatro meses, fazendo uma referência à eleição israelense de 1º de novembro.

"Eu não faço reuniões por fazer reuniões. Elas devem ter resultados positivos para Israel. Essa não é a situação agora", declarou.

Em relação aos assentamentos judeus em terras da Cisjordânia, Lapid afirmou que sua política era permitir que sua construção acomodasse o "crescimento natural", mas declarou que Israel não construirá novos assentamentos.
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