"[O presidente do Parlamento venezuelano] Jorge Rodríguez está recebendo uma delegação do governo dos Estados Unidos, uma delegação importante, que está trabalhando para dar continuidade às negociações iniciadas em 5 de março", disse Maduro ao canal de TV estatal Venezolana de Televisión, na segunda-feira (27).
Ensaio, ainda que tímido, de reaproximação brasileira
"Nós estamos apenas aproveitando um canal de diálogo para fazer diplomacia parlamentar", declarou o congressista, que é apoiador de Bolsonaro.
Retomada de relações entre Brasil e Venezuela é 'muito positiva'
"Com a postura de neutralidade diante do conflito ucraniano, o senador por Roraima não entra em atrito direto, ou quiçá indireto, com sua base, que é bolsonarista. Ele pode alegar que a reaproximação é uma necessidade e que não é possível confiar no governo dos EUA, que precisamos dos fertilizantes russos e que, por isso, propõe uma condição neutra. O presidente Bolsonaro tem uma posição neutra em relação ao conflito russo-ucraniano, o Brasil depende de fertilizantes russos, e a Rússia é uma grande aliada da Venezuela, em todos os sentidos. Dentro disso, não há como Roraima ficar à parte, sofrendo, já que não é preciso reproduzir uma linha à la Mike Pompeo e Donald Trump", analisou.
"Pode implicar em uma relação mais amistosa e em uma perda de discursos binários feitos por Bolsonaro contra a Venezuela? Não creio. No meu entendimento há uma aproximação, de fato, entre os poderes amazônicos do estado de Roraima, com uma fronteira quentíssima, e o governo de Nicolás Maduro", finalizou.