Panorama internacional

Especialista explica diferença entre adesão à OTAN da Suécia, Finlândia e Ucrânia

Há uma diferença entre a hipotética adesão à OTAN da Ucrânia e o ingresso ao bloco da Suécia e Finlândia que testemunhamos hoje, mas ambas as variantes são negativas para a Rússia, explica o membro correspondente da Academia de Ciências Militares da Rússia Aleksandr Bartosh.
Sputnik
Nesta quarta-feira (29), a OTAN convidou formalmente a Finlândia e a Suécia a aderirem à aliança durante a cúpula de Madri. Os membros da OTAN também concordaram em assinar o respetivo protocolo de adesão.

"A principal diferença é a situação geográfica destes países – em primeiro lugar. Além disso, as possiblidades de criarem ameaças para a Rússia também são diferentes – agora, depois de três meses da operação militar especial na Ucrânia, essas possibilidades diminuíram, mas potencialmente vão ser bastante altas. A Ucrânia possui uma infraestrutura industrial desenvolvida, recursos naturais, população numerosa, acesso ao mar Negro, a fronteira que a Ucrânia partilha com a Rússia é mais longa", afirmou Bartosh em uma conversa com a Sputnik.

Ainda assim, a adesão da Suécia e Finlândia à OTAN que testemunhamos hoje e um ingresso hipotético da Ucrânia ao bloco são acontecimentos que agravam a situação internacional e criam ameaças adicionais para a Rússia.
O analista também enumerou as possíveis consequências para a Rússia da adesão da Suécia e Finlândia à OTAN.

"Este acontecimento cria ameaças adicionais para a Rússia. A Rússia e a Finlândia partilham uma fronteira de cerca de 1,2 mil quilômetros – a Rússia terá de instalar lá forças adicionais, isso custa dinheiro."

Bartosh acrescentou que a adesão à aliança da Suécia e Finlândia dá à OTAN mais possibilidades de controlar o mar Báltico, o que vai afetar de forma negativa as capacidades da Marinha russa e exigirá que a Rússia aloque recursos adicionais para garantir a segurança na região.
Para concluir, o analista afirmou que a situação cria dificuldades adicionais em relação à segurança do Ártico, onde a OTAN, segundo Bartosh, deseja penetrar.
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