Panorama internacional

Hamas e Hezbollah se encontram no Líbano para discutirem aproximação de Israel e países árabes

Lideranças dos dois grupos e outros associados estão se reunindo para traçar estratégias, principalmente com a ida de Biden à região. Segundo representantes, se forma uma "perigosa conspiração sionista-americana" destinada a "liquidar" a questão palestina/libanesa e minar a "resistência".
Sputnik
De acordo com o The Jerusalem Post, nos últimos dias, o Hamas e outros grupos palestinos têm realizado reuniões no Líbano para discutirem os "perigos" do surgimento iminente de uma aliança de segurança entre Israel e alguns países árabes, incluindo a Arábia Saudita.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, chegou ao país na semana passada para conversar com o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e líderes de vários grupos palestinos sobre a emergente aliança árabe-israelense e a próxima visita de Biden.
Na reunião, Haniyeh e Nasrallah concordaram com a necessidade de fortalecer o "eixo de resistência" na região antes da visita do presidente dos EUA, Joe Biden, e também expressaram forte oposição à normalização das relações entre Israel e as nações árabes.
De fato, os EUA estão promovendo uma agenda de aproximação entre nações da região, capitaneada por Israel. No dia 14 deste mês, a Defesa israelense se pronunciou através do ministro da Defesa, Benny Gantz, disse que Tel Aviv e países árabes que compartilham suas preocupações com o Irã devem formar uma força conjunta sob a égide dos Estados Unidos para combater o país persa, conforme noticiado.
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Autoridades do Hamas, Jihad Islâmica, Frente Popular para a Libertação da Palestina e Hezbollah foram citadas dizendo que o Oriente Médio estava enfrentando uma "perigosa conspiração sionista-americana" destinada a "liquidar" a questão palestina e minar a "resistência" palestina e libanesa contra o Estado judeu, escreve a mídia.
No início desta semana, as Forças Nacionais e islâmicas, uma aliança de várias facções palestinas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, condenou a "vontade" de alguns países árabes de se juntarem a um consórcio militar do Oriente Médio que os une a Israel.
"O objetivo dessas alianças não é proteger a segurança dos países árabes, mas sim controlar e dominar a segurança da região e empurrar os países árabes para guerras e conflitos por procuração que drenam as capacidades e recursos da nação e ameaçam sua segurança e estabilidade", alegaram representantes dos grupos.
Para o Hamas, Hezbollah e outros, "a visita de Biden à região não traz nada de novo e não fornecerá soluções justas para a questão palestina. A atual administração dos EUA não difere muito da administração anterior, mas implementa as mesmas políticas", afirmaram.
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Do outro lado da fronteira

Nesta terça-feira (28), o Ministério da Defesa israelense informou o início de um trabalho de reforço em dezenas de casas em comunidades israelenses próximas à fronteira libanesa, segundo o The Times of Israel.
Nos próximos meses, dezenas de abrigos antibombas serão construídos em casas na cidade de Shlomi, no norte, que foram construídas na década de 1970 sem quartos reforçados, disse a pasta citada pela mídia.
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Separadamente, a Defesa publicou um concurso para a construção de 110 abrigos antiaéreos em Misgav Am, e deve publicar concursos semelhantes para as cidades de Margaliot e Manara nas próximas semanas. O ministério ainda afirmou que estava na "fase de planejamento arquitetônico" de abrigos antiaéreos em 12 outras localidades, totalizando cerca de 1.000 casas.
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