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Siderúrgica estatal iraniana sofre ataque cibernético e interrompe produção

O incidente, segundo a imprensa de Israel, é um dos maiores ataques ao setor industrial estratégico do Irã.
Sputnik
Uma das maiores empresas siderúrgicas do Irã disse nesta segunda-feira (27) que foi forçada a interromper sua produção após ser atingida por um ataque cibernético, escreve o jornal The Times of Israel.
A estatal Khuzestan Steel Company afirmou que especialistas determinaram que a usina teria que parar de funcionar até novo aviso "devido a problemas técnicos" após "ataques cibernéticos". O site da empresa também estava fora do ar.
O CEO da siderúrgica, Amin Ebrahimi, afirmou que a empresa conseguiu evitar danos estruturais nas linhas de produção que impactariam as cadeias de suprimentos e os clientes.
A empresa não culpou nenhum grupo específico pelo ataque. Em um incidente semelhante no ano passado, um ataque cibernético à distribuição de combustível do Irã paralisou postos de gasolina em todo o país, levando a longas filas de motoristas furiosos.
Também recentemente, estações de trem no Irã exibiram falsas mensagens de atraso após um ataque, câmeras de vigilância no país foram hackeadas e sites estatais foram interrompidos.
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O governo iraniano, na época, acusou os Estados Unidos e Israel de promover os ataques cibernéticos, para prejudicar a infraestrutura do país.
O Irã desconectou grande parte de sua infraestrutura governamental da Internet depois que o vírus de computador Stuxnet (considerado uma criação conjunta dos EUA e Israel) interrompeu milhares de centrífugas iranianas nas instalações nucleares do país no fim dos anos 2000.
A Khuzestan Steel Company, com sede em Ahvaz, no sudoeste da província rica em petróleo do Cuzestão, tem o monopólio da produção de aço no Irã com duas outras grandes empresas estatais.
O governo considera o aço um setor crucial. O Irã é o maior produtor de aço do Oriente Médio e está entre os dez maiores do mundo. Suas minas de minério de ferro fornecem matéria-prima para a produção nacional e a de dezenas de países, incluindo Itália, China e Emirados Árabes Unidos.
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