Panorama internacional

Sanções à Rússia mostram que reservas de ouro devem ser mantidas 'em casa', diz presidente sérvio

Neste domingo (26), o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, afirmou que o congelamento de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,57 trilhões) em reservas internacionais russas por sanções ocidentais mostra que é mais seguro manter os ativos dentro do próprio país.
Sputnik
Em meio ao volume inédito de sanções econômicas contra a Rússia pelo bloco ocidental liderado pelos Estados Unidos, algo em torno de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,57 trilhões) em ouro e reservas em moeda estrangeira pertencentes a Moscou foram congelados. A estimativa é do ministro das Finanças russo, Anton Siluanov. As sanções são uma retaliação à operação militar russa na Ucrânia.
Para o presidente sérvio, esse movimento do Ocidente mostra que as reservas internacionais não são uma forma segura para manter os ativos da Sérvia.
"A Sérvia comprou ouro suficiente. Não acredito que conseguiremos continuar fazendo grandes compras neste ano. Nós fizemos um movimento inteligente quando tiramos o ouro de fora do país. Vocês viram o que fizeram com os russos", disse Vucic.
Barras de ouro (imagem de referência)
O líder sérvio, que falava durante a abertura de um campo aéreo esportivo perto da cidade de Krusevac, acrescentou que seu país não pode estar sempre preocupado com o risco de que suas reservas sejam tomadas.
"Nós decidimos e trouxemos de volta o ouro para o nosso país. Temos ele sob nosso controle. As reservas de ouro e de moeda estão crescendo", afirmou.
De acordo com o Banco Nacional da Sérvia, o país tem 37,3 toneladas de reservas de ouro, o equivalente a US$ 1,9 bilhão (cerca de R$ 9,96 bilhões). Todo o ouro foi repatriado pela Sérvia em 2021.
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