Panorama internacional

'Panorama já é sombrio': Bloomberg espera 'tempos difíceis' em meio a cortes de gás na Alemanha

A Alemanha está se preparando para um corte no fornecimento do gás russo, com o país europeu não conseguindo garantir níveis suficientes do hidrocarboneto para o próximo inverno.
Sputnik
A crise energética desencadeada pelas sanções antirrussas poderia marcar o início de "tempos difíceis" para a Alemanha e seu povo, relatou no sábado (25) a agência norte-americana Bloomberg.
A administração do chanceler alemão Olaf Scholz não conseguiu elaborar nenhum cenário em que a Alemanha tivesse reservas de gás suficientes para o inverno europeu, que começará no final de 2022. As "soluções rápidas" incluem recomeçar a exploração de fábricas a carvão poluidoras e trocar combustíveis em processos industriais.
"O panorama já é sombrio. Os pedidos das fábricas caíram nos últimos três meses, os custos estão subindo e a confiança está se desmoronando", escreve a agência.
Robert Habeck, ministro da Economia, indicou ter "medo" do que pode acontecer quando o gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte) for encerrado para manutenção em julho.
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A Bloomberg explica que a falta de recursos energéticos poderá levar as empresas que produzem metais, papel e até alimentos a cortar a produção ou fechar fábricas na Alemanha, "acelerando um êxodo constante de empregos na indústria e causando danos a longo prazo ao panorama econômico do país".
"Podemos mudar parte da produção de gás para petróleo, se necessário, mas seria cinco vezes menos eficiente. Não seria uma solução duradoura", advertiu Hagen Pfundner, diretor da farmacêutica suíça Roche Holding AG.
Como os institutos econômicos alemães estimaram em abril, um fim imediato à importação do petróleo e do gás levará a perdas econômicas de € 220 bilhões (R$ 1,1 trilhão) na Alemanha durante os próximos dois anos, enquanto o Bundesbank (Banco Central do país) prevê uma queda de 3% no PIB em 2023 caso isso aconteça.
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