Panorama internacional

Hungria: 'Europa estará do lado perdedor' se não desistir de mais sanções contra Rússia

A União Europeia deve parar de impor novas sanções contra a Rússia, focando-se, em vez disso, na implementação do cessar-fogo na Ucrânia e no começo das negociações, disse em entrevista à agência Reuters o assessor do premiê húngaro em Assuntos Políticos, Balázs Orbán.
Sputnik
Ao falar às margens da cúpula dos líderes da UE que atribuíram à Ucrânia status de candidato para tornar-se membro do bloco, o assessor afirmou que quanto mais sanções a UE adotar, mais prejudicará todo o bloco.

"No final do dia, a Europa estará do lado perdedor desta guerra por causa dos problemas econômicos. A nossa recomendação seria parar o processo [de implementação] das sanções", ponderou.

A Hungria é um dos países profundamente dependentes do gás e petróleo russos. A Rússia também está construindo um reator nuclear para Budapeste.
Conforme constata Orbán, a UE chegou ao ponto onde fica óbvio que a continuação da estratégia atual "de acordo com um raciocínio razoável, acabará de forma negativa para a Europa".
"Então, temos que pensar em algo. Negociações, cessar-fogo, paz. Diplomacia. Essa é a nossa solução", resumiu o assessor do premiê húngaro.
Após o início da operação especial russa na Ucrânia, o Ocidente endureceu a pressão sancionatória contra Moscou. Principalmente, as restrições afetaram o setor bancário e o setor de altas tecnologias. Surgem cada vez mais exortações de desistir dos recursos energéticos da Rússia. Porém, a ruptura das cadeias de suprimento resultou na alta dos preços de combustível e produtos alimentícios na Europa e nos Estados Unidos.
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