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Mídia: Brasil dá 'show de diplomacia' diante de conflito entre Rússia e Ucrânia

A diplomacia brasileira acertou quando deu sinal verde ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para que este visitasse a Rússia e o presidente Vladimir Putin dias antes da operação militar do país ser desencadeada na Ucrânia, segundo avaliou um articulista da imprensa brasileira nesta terça-feira (21).
Sputnik
Na percepção do colunista Reinaldo Polito, do portal UOL, o Brasil deu "um show de diplomacia no conflito entre Rússia e Ucrânia".
Ele afirmou que a visita de Bolsonaro a Putin foi uma decisão "muito acertada".

"Uma pequena indecisão ou deslize poderia ter sido desastroso naquela oportunidade. Embora a palavra final sobre a viagem tenha sido do presidente, a decisão não foi dele, pelo menos não só dele. Decidiu sua ida respaldado pelas ponderações da diplomacia brasileira. Mediram milimetricamente os prós e os contras. Havia argumento de todos os lados", ponderou.

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Oposicionistas, segundo ele, argumentaram que haveria retaliações por parte dos Estados Unidos em relação ao Brasil, algo que não ocorreu.

"Deu tudo certo. Conseguimos os fertilizantes de que precisávamos para tocar a nossa agricultura. Os quase trinta navios carregados com esses insumos já chegaram ao nosso país. Os americanos não se mostraram tão incomodados como alguns previam. Não nos envolvemos em um confronto que nada tinha diretamente a ver conosco. E vida que segue", escreveu Polito.

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De acordo com a avaliação do colunista, isso se deve à tradição do Itamaraty na política externa e na condução da diplomacia brasileira, erigidas ao longo de décadas.
"Os diplomatas brasileiros demonstraram possuir o DNA do Instituto Rio Branco, pois continuam a pregar que diante dos confrontos entre as nações devemos manter neutralidade e buscar soluções com diálogos e entendimento. Ainda que sofresse enorme pressão dos opositores, da mídia, dos países envolvidos no confronto e até dos próprios bolsonaristas, o Itamaraty levou tudo na base do silêncio e da boa conversa", elogiou.
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No entendimento de Polito, após 118 dias da operação da Rússia na Ucrânia, esses argumentos ficam mais claros e fortes.

"Hoje fica simples fazer essa análise. Após mais de cem dias de conflito, já sabemos que a Rússia não sucumbiu às sanções dos países que aderiram à causa ucraniana. Ao contrário, parece que as consequências foram até mais graves para o resto do mundo", afirmou.

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A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, em resposta aos apelos das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) para proteção dos ataques realizados pelas tropas ucranianas.
O Ministério da Defesa russo disse que o objetivo da operação, que visa a infraestrutura militar ucraniana, é "desmilitarizar e desnazificar" a Ucrânia e libertar completamente Donbass.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a operação visa "proteger as pessoas submetidas ao genocídio pelo regime de Kiev por oito anos".
Em 25 de março, as Forças Armadas russas concluíram as principais tarefas da primeira etapa, reduzindo significativamente o potencial de combate da Ucrânia.
As nações ocidentais impuseram inúmeras sanções à Rússia e forneceram armas à Ucrânia.
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