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Scholz garante que Alemanha está ajudando muito a Ucrânia e que dano das sanções vale a pena

O chanceler da Alemanha rejeitou as "críticas" de que o país está ajudando pouco a Ucrânia, mencionando as armas e treinamento fornecidos por Berlim e o apoio financeiro a Kiev.
Sputnik
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, rejeitou as alegações de que seu governo não está entregando as armas que prometeu para a Ucrânia, e insistiu que Berlim está apoiando Kiev da melhor maneira possível.
"Quem pensa que as armas de guerra estão disponíveis como carros de um revendedor, está errado. Estou ciente de que devo suportar críticas, mas não me deixarei desviar de um curso nivelado", disse Scholz ao jornal Munchner Merkur em uma entrevista publicada nesta terça-feira (21).
"Alguns subestimam a complexidade da questão. Se fornecemos os sistemas de armas mais modernos, tais como howitzers autopropulsionados ou sistemas antiaéreos complexos, os soldados também devem ser bem treinados, caso contrário, estas armas serão ineficazes. Além disso, é necessário organizar as munições apropriadas para alguns sistemas", explicou ele.
Scholz apontou que a Alemanha está continuamente treinando as tropas ucranianas para usar o howitzer Panzerhaubitze 2000 de 155 mm, e o tanque antiaéreo Flakpanzer Gepard.
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"Além disso, junto com os EUA e o Reino Unido, estamos fornecendo à Ucrânia lançadores múltiplos de foguetes modernos, que são urgentemente necessários, e o sistema antiaéreo moderno IRIS-T. Como podem ver, estamos fornecendo o que é necessário e o que ajuda", insistiu ele.
Além da ajuda militar, Scholz argumentou que Berlim está apoiando financeiramente Kiev em grande escala, que a Alemanha acolheu mais de 800.000 refugiados, e o apoio às sanções antirrussas da União Europeia.
"Aguentaremos o tempo que for preciso", prometeu o alto responsável alemão, sublinhando que uma paz na Ucrânia "ditada" pela "graça de [Vladimir] Putin", presidente da Rússia, seria inaceitável.
Durante uma conferência da Federação das Indústrias Alemãs na terça-feira (21), Olaf Scholz admitiu que as sanções contra a Rússia estavam custando à própria economia alemã, mas sugeriu que esses "gastos" valiam a pena para defender a "liberdade".
"Estamos trabalhando contra a Rússia com a ajuda de sanções com dureza sem precedentes. Sim, elas são dolorosas para nós e para nossas empresas, mas eles foram a coisa certa a fazer. A liberdade tem seu próprio preço, a democracia tem seu próprio preço, a solidariedade com os amigos e aliados tem seu próprio preço. Estamos preparados para pagar este preço", afirmou o chanceler, citado pela RedaktionsNetzwerk Deutschland.
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