Panorama internacional

Maior partido da Itália se divide sobre envio de suprimentos de armas para a Ucrânia

O partido Movimento Cinco Estrelas da Itália (M5S, na sigla em italiano) parece dividido sobre se deve continuar enviando armas para a Ucrânia, às vésperas do Senado do país iniciar uma discussão acerca do tema na próxima semana.
Sputnik
O Parlamento italiano está prestes a votar uma resolução do M5S feita na última terça-feira (14), que recomendará o fim das entregas de armas à Ucrânia para evitar prejudicar as perspectivas de paz.
Trechos da resolução, vazados para a mídia no sábado (18), ecoaram a proposta do líder do M5S, Giuseppe Conte, que sugeriu uma votação em maio sobre o cancelamento do fornecimento de armas.
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A proposta colocou o ex-primeiro-ministro em rota de colisão com o diplomata Luigi Di Maio, que acusou seu próprio partido neste domingo (19) de imaturidade e por, supostamente, minar a segurança nacional, segundo o jornal La Repubblica.
Suas críticas teriam provocado uma reação dos vice-presidentes do M5S, Riccardo Ricciardi e Michele Gubitosa, que sugeriram em entrevistas que Di Maio deveria deixar o partido.
Uma reunião de emergência do conselho nacional do M5S está marcada para hoje (19). Uma divisão no maior partido da Itália por assentos no Parlamento pode levar o país a uma nova crise de governo.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia".
Durante a operação, as Forças Armadas da Rússia eliminam instalações da infraestrutura militar ucraniana, sem realizar ataques contra alvos civis em cidades. Os militares russos também organizam corredores humanitários para a população civil que foge da violência dos neonazistas e nacionalistas.
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Em resposta à operação de Moscou, os EUA decidiram implementar a bateria de sanções mais dura já vista contra a Rússia. Biden e seus aliados, como os Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), instaram a UE e o resto do mundo a potencializar tais sanções aderindo ao modelo de "guerra híbrida" adotado pelos norte-americanos.
Segundo o presidente russo Vladimir Putin, tais ações do Ocidente visam piorar a vida de milhões de pessoas. A pressão sancionatória sobre Moscou já se transformou em problemas econômicos para os EUA e a Europa, causando grande aumento dos preços dos combustíveis e dos produtos alimentares.
Embargos e proibições foram adotados nos mais diversos setores com o objetivo de estrangular a economia russa. As reservas internacionais do país foram congeladas e investimentos, interrompidos. As sanções, entretanto, tiveram reflexos em outros setores como esporte e cultura, e ainda por meio da censura aos meios de comunicação do país no Ocidente.
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