Panorama internacional

Lavrov: Ucrânia admitiu que prefere não negociar com a Rússia

Segundo chanceler russo, Moscou ainda não entendeu qual tipo de instrução Kiev recebe de Washington e Londres a partir do momento que é visível que as negociações em Istambul não foram para frente.
Sputnik
Em uma série de declarações concedias hoje (16) sobre a situação na Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que Kiev admitiu "que prefere não negociar com a Rússia".

"Veja o estágio das negociações que fracassou depois de Istambul: eles simplesmente assinaram que não querem essas negociações. E ainda não entendemos que tipo de instrução [o presidente] [Vladimir] Zelensky recebe de seus mestres em Washington e Londres", disse Lavrov à emissora NTV da Rússia.

O chanceler também disse que "há tentativas de criar uma 'segunda Ucrânia' na Moldávia": "Claro, eles estão abertamente tentando fazer da Moldávia uma segunda Ucrânia", afirmou.
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Ao mesmo tempo, o ministro declarou que os mísseis Stinger e Javelin, fornecidos pelo Ocidente a Kiev, já estavam sendo vendidos com desconto no mercado negro e surgiram na Albânia e no Kosovo.
"Bem, e, claro, não custa olhar mais de perto o que já está acontecendo com as armas disponíveis na Ucrânia, os mesmos Stingers e Javelins, eles já estão no mercado negro, surgiram na Albânia e no Kosovo [...] Isso é discutido abertamente, e eles são vendidos com desconto, por assim dizer. Em geral, o processo de dominar o mercado negro está em andamento. Eles retornarão em grande parte para [o local] de onde vieram, para a Ucrânia", disse o chanceler.
Lavrov também comentou sobre as tentativas do Estado ucraniano de entrar para União Europeia, dizendo que, se o bloco aceitar, estará pronto para ignorar seus próprios critérios em favor de considerações geopolíticas.
"Eu não sei, se a Ucrânia receber este roteiro para se preparar para a adesão, isso significará apenas uma coisa, que mais uma vez a União Europeia está pronta para fechar os olhos a todos os seus critérios que sempre existiram para os candidatos e está pronta para ser guiada apenas por considerações geopolíticas", concluiu.
Hoje (16), durante a visita de líderes europeus a Kiev, Alemanha, França, Itália e Romênia declararam serem a favor de conceder imediatamente à Ucrânia o status de candidato à UE.
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