Panorama internacional

Tesouro dos EUA quer reduzir preço de venda do petróleo da Rússia para diminuir lucros de Moscou

Wally Adeyemo, vice-secretário do Tesouro dos EUA, notou um aumento das receitas petrolíferas da Rússia que diz querer combater, mas rejeitou impor um embargo comercial total ao país.
Sputnik
Os EUA e seus aliados estão procurando maneiras de reduzir a receita petrolífera da Rússia, disse na terça-feira (14) Wally Adeyemo, vice-secretário do Tesouro dos EUA, citado pela agência britânica Reuters.
Falando durante uma audiência do Subcomitê de Apropriações do Senado dos EUA, Adeyemo confirmou que, apesar do declínio da produção e de exportações de petróleo bruto da Rússia, seus lucros petrolíferos mais que compensaram isso devido a um maior aumento dos preços do hidrocarboneto desde que Moscou lançou sua operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro.
Para contrariar isso, o vice-secretário do Tesouro explicou que Washington está discutindo com seus aliados europeus e asiáticos como limitar os preços pagos pelo petróleo da Rússia.
"Então o objetivo é garantir que se reduza o preço que eles conseguem obter com a venda de seu [petróleo] cru no futuro", disse Adeyemo, acrescentando que, caso contrário, a Rússia continuará se beneficiando diretamente de preços mais altos.
Em resposta à sugestão de os EUA imporem um embargo comercial total à Rússia, o alto responsável sublinhou que tal medida teria apenas "um impacto marginal na economia da Rússia, na melhor das hipóteses", dado o volume limitado do comércio entre os dois países.
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Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, já propôs na quinta-feira (9) formar uma "coalizão" de compradores do petróleo russo que reduza seu preço de compra.
EUA, Canadá e Reino Unido anunciaram nas primeiras semanas da operação especial de Moscou que proibiriam a importação do petróleo russo, enquanto a União Europeia pretende reduzir a compra em 90% até o final de 2022 como parte de sua sexta rodada de sanções. Apesar disso, a Rússia aumentou a venda do petróleo a países da Ásia, incluindo a Índia, que foi também relatada estar vendendo parte dele a países ocidentais.
Ao mesmo tempo, Joe Biden, presidente dos EUA, descreveu a inflação dos preços do petróleo, da gasolina e dos alimentos como um "subproduto" da ajuda dos EUA e de outros países à Ucrânia em seu confronto com as tropas da Rússia.
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