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Mídia: suspeitos confessam assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips

Nesta quarta-feira (15), a TV Globo afirmou, citando fontes da Polícia Federal, que dois suspeitos teriam confessado os assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Ainda não há confirmação oficial.
Sputnik
Conforme publicou o portal G1, as fontes disseram que os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo da Costa Oliveira teriam confessado o crime. Ambos estão presos, no âmbito de investigações sobre o desaparecimento do indigenista e do jornalista.
Pereira e Phillips são procurados desde o dia 5, quando desapareceram na região do Vale do Javari, no Amazonas. A região fica localizada no extremo oeste do estado, perto da fronteira com o Peru.
O indigenista e o jornalista desapareceram quando faziam o trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, onde visitariam uma equipe de vigilância indígena, próximo ao Lago do Jaburu.
Então colaborador do jornal The Guardian, jornalista britânico Dom Phillips percorre a Amazônia, em 16 de novembro de 2019
O governo brasileiro tem sofrido críticas pela resposta ao caso e pela postura em relação às instituições responsáveis por fiscalizar a região, como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse mais cedo em entrevista ao canal de Leda Nagle que Phillips era "malvisto" na região. "Esse inglês era malvisto na região porque ele fazia muita matéria contra garimpeiro, questão ambiental", disse. Bolsonaro também sugeriu que o jornalista teria sido negligente com a própria segurança.
O caso ganhou repercussão internacional e vem sendo denunciado pela mídia britânica. Phillips era colaborador do jornal The Guardian. Mais cedo, o tema foi discutido no Parlamento do Reino Unido após intervenção da ex-primeira-ministra Theresa May, que recebeu apoio do atual premiê, Boris Johnson. O líder britânico se disse "muito preocupado" e afirmou que Londres trabalha com as autoridades brasileiras para resolver o caso.
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