Panorama internacional

Macron está errado sobre Putin, afirma representante da República Tcheca

O ministro das Relações Exteriores tcheco argumentou que o líder russo não se importa como o Ocidente vê seu país.
Sputnik
O presidente francês Emmanuel Macron estava errado quando falou sobre não querer "humilhar" a Rússia por suas ações na Ucrânia, disse o ministro das Relações Exteriores tcheco, Jan Lipavsky.

"A Rússia é o agressor e não devemos levar em conta se a Rússia é humilhada ou não", disse o funcionário à CNN Prima News no domingo (12). "Macron provavelmente não entende muito bem a questão. Putin não se importa com a forma como a Rússia é percebida no Ocidente", disse.

O ministro argumentou que a Europa "não deve esquecer a Ucrânia" e que as conversas com a Rússia "devem ser conduzidas principalmente pelos próprios ucranianos".
No início deste mês, Macron afirmou à mídia francesa que "não devemos humilhar a Rússia, para que, no dia em que os combates cessem, possamos construir uma rampa de saída por meios diplomáticos".
Macron expressou esperanças de que a França mediasse o conflito.
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As observações do mandatário foram criticadas na mídia ocidental e provocaram a ira do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, que disse que "chamadas para evitar a humilhação da Rússia só podem humilhar a França" e que Moscou "se humilha a si mesma".
A Reuters citou uma autoridade presidencial francesa, na sexta-feira (10), dizendo que Paris não estava planejando fazer concessões à Rússia sobre a Ucrânia e queria que Kiev vencesse.
Nesta segunda-feira (13), um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksei Paramonov, disse à RIA Novosti que Moscou nunca foi contra conversas "significativas" com a França.
O presidente russo, Vladimir Putin, conversou pela última vez com Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz no final de maio. Durante uma ligação conjunta, os três líderes discutiram o estado das negociações de paz Rússia-Ucrânia, entre outros assuntos, segundo o Kremlin.
Neste fim de semana, o jornal alemão Bild am Sonntag informou que Macron, Scholz e o primeiro-ministro italiano Mario Draghi planejam fazer uma visita conjunta a Kiev neste mês.
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