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Força Nacional é enviada ao Amazonas por 90 dias para combater crime organizado e crime ambiental

Justiça determina encaminhamento de tropas visando combater não só os crimes citados como também o narcotráfico. Decisão é bastante simbólica no momento em que toda atenção está voltada para região após desaparecimento de jornalista e indigenista.
Sputnik
Nesta sexta-feira (10), em medida publicada no Diário Oficial da União, o Ministério da Justiça determinou a liberação do uso da Força Nacional no Amazonas. De acordo com o UOL, a pasta especifica que o contingente militar será destinado para "ações de combate ao crime organizado, ao narcotráfico e aos crimes ambientais".
Segundo a portaria publicada, ficam autorizadas por 90 dias operações "na calha do Rio Negro e Solimões, no estado do Amazonas, em atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio".
O apoio tem o objetivo de auxiliar na Operação Arpão I, promovida pelo governo estadual. A ordem foi assinada pelo secretário executivo da pasta, Antônio Ramirez Lorenzo.
A mídia relata que, além do Amazonas, o ministério também autorizou o uso da Força Nacional nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima. Conforme o documento, assinado pelo ministro Anderson Torres, a atuação deve ser designada à "preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio".
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O emprego da Força Nacional na região é bastante significativo no momento em que o mundo está com os olhos voltados para o local. O desaparecimento do indigenista, Bruno Pereira, e do jornalista britânico, Dom Phillips, ocorreu justamente no estado na região do Vale do Javari no último dia 6.
Protestos foram registrados solicitando mais atenção do governo federal para o caso, uma vez que órgãos e a opinião pública nacional e internacional acham que o movimento para encontrar Pereira e Phillips foi devagar e tardio.
Também nesta sexta-feira (10), a ONU expressou sua preocupação com o caso e disse que a reposta do governo ao desaparecimento foi "extremamente lenta", segundo o G1.
"A resposta foi extremamente lenta, infelizmente. O Estado tem a responsabilidade de proteger o trabalho de jornalistas e de defensores dos Direitos Humanos. Eles têm a obrigação de assegurar o direito à segurança e de iniciar uma investigação", disse a porta-voz da ONU, Ravina Shamdasani, citada pela mídia.
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