Panorama internacional

Em discurso na ONU, Guterres diz que crise dos fertilizantes pode causar 'falta de comida em 2023'

No lançamento do Grupo Global de Resposta a Crises sobre Alimentos, Energia e Finanças hoje (8), secretário-geral apontou que se barreiras em torno de fertilizantes não forem rompidas, mundo terá não só problema de acesso como também de oferta de alimentos.
Sputnik
Nesta quarta-feira (8), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou que se a crise em torno dos fertilizantes não for resolvida a escassez de milho e trigo chegará a todas as culturas básicas e terá um sério impacto em bilhões de pessoas.

"Os preços dos alimentos estão perto de recordes. Os preços dos fertilizantes mais que dobraram, soando um alarme em todos os lugares. Sem fertilizantes, a escassez se espalhará de milho e trigo para todas as culturas básicas, incluindo arroz, com um impacto devastador em bilhões de pessoas na Ásia e América do Sul", disse Guterres.

O secretário-geral acrescentou que a crise alimentar deste ano é "sobre a falta de acesso", mas que no ano que vem "pode ser por falta de comida".
Rússia e Belarus, ambas sob sanções ocidentais, são dois dos três maiores produtores mundiais de potássio, que é fundamental para a fabricação de fertilizantes.
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Entretanto, após o início da operação russa na Ucrânia, o escoamento do produto ficou prejudicado, mesmo assim, os EUA, principal nação a aplicar sanções contra Moscou e Minsk, disse na segunda-feira (6) que não cancelará as restrições aplicadas aos dois países mesmo que se ponha em risco o abastecimento alimentar mundial, conforme noticiado.
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