Panorama internacional

Pentágono investiga suposto ataque 'interno' a base dos EUA na Síria

Investigadores acreditam que um membro das Forças Armadas dos EUA pode ter detonado uma explosão em uma base norte-americana no leste da Síria.
Sputnik
Duas agências militares de aplicação da lei estão investigando um militar norte-americano sobre um incidente em um posto avançado dos EUA no leste da Síria, ocorrido em abril, reconheceu o Pentágono nesta segunda-feira (6).
As explosões, inicialmente consideradas um ataque de artilharia, foram desencadeadas por alguém dentro da base Green Village. Na ocasião, quatro soldados ficaram feridos.
A Divisão de Investigação Criminal do Exército (CID, na sigla em inglês) e o Escritório de Investigações Especiais (OSI, na sigla em inglês) da Força Aérea estão "conduzindo uma investigação conjunta do incidente. Um possível suspeito, um militar dos EUA, foi identificado", disse o porta-voz do CID, Patrick Barnes, em comunicado. "Nenhuma informação adicional vai ser divulgada neste momento", concluiu.
O suspeito voltou para os EUA, mas seu nome não foi divulgado, segundo a agência de notícias Associated Press, nenhuma acusação foi feita ainda.
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Bases dos EUA na Síria e no Iraque têm sido repetidamente alvo de ataques com morteiros e foguetes nos últimos anos, os quais o Pentágono havia atribuído às milícias xiitas "pró-iranianas". Os relatórios iniciais da Força-Tarefa Conjunta Combinada Resolução Inerente (CJTF-OIR, na sigla em inglês) atribuíram o incidente de 7 de abril em Green Village a "dois tiros de fogo indireto" disparados de fora da instalação.
Uma semana depois, no entanto, o Comando Central dos EUA disse que, após uma investigação mais aprofundada, eles acreditavam que isso foi uma "colocação deliberada de cargas explosivas por indivíduo(s) não identificado(s) em uma área de armazenamento de munição e instalações de chuveiro."
Imagens de segurança da base mostraram "uma figura se movendo rapidamente" por Green Village no momento do ataque, que aconteceu durante a noite, segundo a CNN. Quatro soldados foram tratados por "lesões cerebrais traumáticas" e retornaram ao serviço no final de abril.
Originalmente criado para coordenar a coalizão liderada pelos EUA contra terroristas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) na Síria e no Iraque, o CJTF-OIR tem agora sob seu comando cerca de 900 soldados dos EUA no leste da Síria. No país, sem mandato legal, eles têm a tarefa de apoiar as Forças Democráticas da Síria (FDS), lideradas pelos curdos, a milícia apoiada pelos EUA que controla áreas a leste do Eufrates e recusa a reconciliação com o governo em Damasco.
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