Panorama internacional

China insta Estados-membros da AIEA a debaterem papel do AUKUS na proliferação nuclear

Pequim exortou a Agência Internacional de Energia Atômica a examinar os riscos que poderiam ser causados pelo pacto de fornecimento de submarinos nucleares AUKUS, integrado pela Austrália, EUA e Reino Unido.
Sputnik
A China desafiou os Estados-membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a participarem de consultas sobre o bloco AUKUS, instou na terça-feira (6) Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.
"A China chama todos os países-membros da AIEA a apoiarem e participarem ativamente das discussões organizadas pelo órgão sobre a cooperação em três países em submarinos atômicos, defender conjuntamente o regime internacional de não proliferação de armas nucleares baseado no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares [TNP], e proteger a paz e a segurança internacionais", disse o porta-voz.
Ele acrescentou que a diretoria da AIEA concordou por iniciativa da China em examinar a entrega de materiais nucleares no âmbito desta cooperação, além das respectivas garantias e monitoramento em conformidade com o TNP.
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"Isto reflete plenamente a alta atenção e preocupação da comunidade internacional em relação à entrega de materiais nucleares como armas no âmbito da cooperação entre os EUA, Reino Unido e Austrália", segundo Lijian.
Para o porta-voz da chancelaria chinesa, a cooperação nesta área cria "sérios riscos na área da não proliferação de armas nucleares, estimula a corrida armamentista e mina a paz e a estabilidade regionais".
Na segunda-feira (6) Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, revelou que planeja apresentar em setembro um relatório sobre os resultados do trabalho no projeto AUKUS, e expressou satisfação com "a transparência e a participação demonstradas pelos três países até o momento".
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