Panorama internacional

Casa Branca está 'pensando' reduzir tarifas contra a China em meio à alta da inflação nos EUA

A administração do presidente norte-americano Joe Biden está ponderando diminuir algumas das tarifas impostas à China em 2018 por Donald Trump por preocupações com os efeitos da inflação.
Sputnik
Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA, revelou no domingo (5) que a administração do presidente Joe Biden está considerando reduzir as tarifas sobre os produtos chineses para tentar conter a inflação no país norte-americano, que atingiu uma alta de 40 anos em março e se espera que continue aumentando nos próximos meses.
"Estamos pensando nisso. Na verdade, o presidente nos pediu em sua equipe para analisarmos isso, por isso estamos no processo de fazer isso para ele e ele terá que tomar essa decisão", disse ela em uma entrevista à emissora CNN, após ser questionada se as tarifas sobre produtos chineses poderiam ser aliviadas.
Em 2018 a administração de Donald Trump (2017-2021) impôs uma série de tarifas sobre o aço, alumínio e alguns produtos da China no valor de US$ 350 bilhões (R$ 1,67 trilhão, na conversão atual) para combater o que Washington chamou de práticas comerciais desleais de Pequim. A China negou as acusações.
Panorama internacional
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Na terça-feira (31) Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, admitiu em entrevista à CNN que "estava errada sobre o caminho que a inflação tomaria. Houve grandes e imprevistos choques na economia que impulsionaram os preços da energia e dos alimentos e estrangulamentos no fornecimento que afetaram negativamente nossa economia que, na época, eu não entendia completamente. Mas reconhecemos isso agora".
Um porta-voz do Tesouro esclareceu no mesmo artigo que os choques referidos por Yellen, e que ela não podia antecipar, foram o surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2, os lockdowns contra o vírus na China e a operação militar especial da Rússia na Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro. A inflação atingiu uma alta de 8,5% em março de 2022 nos EUA e, apesar de descer para 8,3% em abril, continua nos valores mais elevados desde 1981.
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