Panorama internacional

União Europeia deveria se dissolver e reorganizar sem Polônia e Hungria, diz ex-presidente polonês

Um ex-presidente polonês crê que a União Europeia não deve continuar integrando a Hungria e a Polônia como Estados-membros, que diz estarem obstruindo as iniciativas-chave do bloco.
Sputnik
Lech Walesa, ex-presidente polonês (1990-1995), acredita que a União Europeia (UE) deveria se dissolver e criar uma instituição equivalente sem a Hungria e a Polônia, em vez de comprometer as iniciativas-chave do bloco.
"Se a Comissão Europeia der luz verde o Plano de Recuperação Nacional da Polônia pós-COVID-19 [KPO, na sigla em polonês], esta será a sua derrota. A UE, em vez de fazer compromissos com a Polônia, deveria se dissolver e criar uma nova comunidade no momento seguinte envolvendo a Alemanha e a França, mas excluindo a Polônia e a Hungria", disse no sábado (4) Walesa ao portal Interia.
Na quarta-feira (4) a Comissão Europeia aprovou o plano de recuperação pós-COVID-19 para a Polônia, alocando para ele mais de € 35 bilhões (R$ 179,14 bilhões). A decisão foi possivelmente influenciada pela assistência de Varsóvia à Ucrânia, após as preocupações anteriores de Bruxelas sobre o cumprimento dos princípios do estado de direito pela Polônia.
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Em dezembro de 2020, os estados-membros da UE acordaram um plano financeiro de longo prazo e um fundo para a recuperação da economia europeia, que sofreu significativamente com a pandemia da COVID-19. Em julho de 2020, os líderes do bloco europeu acordaram um pacote de ajuda de emergência de € 800 bilhões (R$ 4,09 trilhões, na conversão atual) para financiar a recuperação de todos os Estados-membros.
A decisão de vincular a alocação de fundos com a questão do Estado de direito foi tomada apesar das objeções da Polônia e da Hungria, que são frequentemente criticadas pelos países da Europa Ocidental por não cumprirem os princípios da UE.
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