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Gasoduto Néstor Kirchner, na Argentina, será financiado por imposto sobre grandes fortunas

A construção do gasoduto Néstor Kirchner está prevista para o próximo mês e deve gerar cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos.
Sputnik
Após décadas enfrentando problemas de abastecimento de energia elétrica, a Argentina realizou, na última semana, uma série de coletivas de imprensa para apresentar o gasoduto Néstor Kirchner.
Nesta segunda-feira (30), o portal Télam informou que, além de gerar cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos, o projeto pode garantir a soberania energética argentina. O gasoduto ligará a formação geológica Vaca Muerta, na Patagônia, com o centro do país.
Suas obras serão financiadas não apenas com recursos do Tesouro, mas também com parte das verbas obtidas da Contribuição Solidária e Extraordinária, o imposto sobre as grandes fortunas argentino.
O Fundo Argentino de Desenvolvimento do Gás (Fondesgas, na sigla em espanhol) será responsável por gerir os bens que serão investidos na construção do gasoduto.
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O gasoduto Néstor Kirchner, em sua primeira etapa, ampliará em 25% a capacidade do sistema de transporte de gás natural, totalizando 24 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Estima-se que ele substituirá, com o tempo, os combustíveis importados.
Segundo estimativas do governo argentino, espera-se uma economia, "no curto prazo", de US$ 1 bilhão (R$ 4,7 bilhões) por ano.
A publicação ressalta a importância do início das obras do gasoduto Néstor Kirchner, principalmente pelo impacto que terá na poupança com importações e na possibilidade de exportação de gás no futuro.
Um empresário entrevistado pelo Télam relembrou que o campo de Vaca Muerta "tem reservas de gás para 300 anos", garantindo que "o gargalo" para uma melhoria da produção energética sempre foi a "inexistência do gasoduto".
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