Panorama internacional

Manifestação em Jerusalém termina em confronto violento entre palestinos e israelenses (VÍDEOS)

Grupos ultranacionalistas israelenses gritaram slogans racistas como "Morte aos árabes", enquanto marchavam pelas ruas da cidade.
Sputnik
Mais de 100 palestinos ficaram feridos neste domingo (29) após milhares de israelenses invadirem áreas palestinas de Jerusalém e a mesquita de Al-Aqsa.
Ao fim do dia, ao menos cinco policiais israelenses, bem como vários judeus e palestinos, ficaram feridos na violência.
A cidade sediou a contenciosa Marcha da Bandeira, e dezenas de milhares de judeus nacionalistas desfilaram pela Cidade Velha, escreve o Times Of Israel.
É assim que os palestinos idosos são tratados pelos israelenses! Um bate, joga spray de pimenta, e o outro cospe. E a história sombria continua!
Mais de 70 mil israelenses marcharam pelo bairro muçulmano de Sheikh Jarrah para celebrar a captura da metade leste da cidade por Israel em 1967.
A polícia disparou granadas de efeito moral contra palestinos que atiravam pedras no complexo da mesquita de Al-Aqsa.
Enquanto isso, um número recorde de judeus visitava o local sagrado, alguns deles aparentemente rezando, o que desafia uma proibição de longa data.
Em vídeos que circulam nas redes, judeus israelenses podem ser vistos atirando pedras em casas palestinas.
As forças de ocupação aguardam enquanto homens israelenses que invadem o bairro muçulmano batem em mulheres palestinas com cassetetes e tentam roubar suas malas.
No bairro de Sheikh Jarrah, tanto palestinos quanto judeus se envolveram em confrontos violentos.
Iyad Harb, correspondente árabe da emissora pública Kan, foi levado ao hospital depois de ser agredido por homens mascarados.
A polícia tentou dispersar os manifestantes à força e precisou usar a cavalaria. Sheikh Jarrah é um bairro ao norte da Cidade Velha, e tornou-se um ponto crítico na luta por Jerusalém entre judeus e palestinos.
Muitos israelenses se mudaram lentamente para a área por meio de complexos casos de despejo na capital, provocando tensões com os moradores palestinos.
Mais do ataque coordenado ao Sheikh Jarrah.
Enquanto isso, no campo de refugiados de Shuafat, na mesma região, as forças israelenses dispararam balas revestidas de borracha, granadas de efeito moral e bombas de gás lacrimogêneo contra as multidões.
O primeiro-ministro da Palestina, Mohammed Shtayyeh, condenou os "ataques a cidadãos palestinos na cidade ocupada de Jerusalém", informou a agência de notícias Wafa.
A Jordânia criticou a visita do grupo de extrema-direita israelense Ben-Gvir ao complexo da mesquita de Al-Aqsa, um dos locais mais sagrados do Islã, e alertou que a "marcha provocativa e crescente" pode piorar ainda mais as coisas.
Um porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que Israel está "brincando com fogo de forma irresponsável e imprudente" ao tolerar a marcha.
Colonos acompanhados pela polícia atacam transeuntes em Sheikh Jarrah.
Já o porta-voz do Hamas afirmou que o grupo considera o governo israelense "totalmente responsável" pelos conflitos, e prometeu que os palestinos "continuarão sua resistência em defesa de Jerusalém até que o último soldado e colono seja varrido".
Apesar de ser um feriado nacional, o Dia de Jerusalém (e a sua tradicional Marcha da Bandeira) marca a conquista de Israel da Cidade Velha e Jerusalém Oriental da Jordânia na Guerra dos Seis Dias, de 1967. Ele é comemorado principalmente por judeus religiosos de direita.
O primeiro-ministro Naftali Bennett, na manhã de domingo (29), pediu aos participantes da marcha "se comportassem com responsabilidade, pois desejava aos israelenses um feliz dia".
A polícia enviou cerca de 2 mil policiais para proteger a manifestação, antecipando as tensões, além de seguranças à paisana.
A procissão foi vista como a maior marcha do Dia de Jerusalém em anos, com dezenas de milhares de judeus israelenses.
Cobertura da imprensa: "Colonos israelenses atacam um jovem palestino perto do bairro Sheikh Jarrah em Jerusalém".
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