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Lula enviou representante aos EUA para tecer diálogos com governo norte-americano, diz Reuters

Ex-presidente teria enviado emissário para tentar superar a desconfiança permanente entre os EUA e o petista, visto que, de acordo com as recentes pesquisas de intenção de votos, Lula ainda aparece à frente do segundo candidato, Jair Bolsonaro.
Sputnik
De forma discreta no mês de abril, o ex-presidente Lula despachou seu emissário, o senador Jaques Wagner (PT), para se reunir com funcionários do Departamento de Estado dos EUA em Washington, segundo a Reuters.
O encontro, que não havia sido revelado antes, é parte de um esforço de Lula e dos Estados Unidos para superarem a persistente desconfiança um do outro antes do pleito de outubro, relata a mídia, uma vez que as pesquisas apontam o petista com maior chance de ganhar as eleições do que o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os detalhes específicos das discussões de Wagner com autoridades norte-americanas não foram claros. Fontes citadas pela agência disseram que os dois lados falaram sobre os possíveis contornos de uma futura presidência de Lula e como ele abordaria as relações com os EUA.
Senador Jaques Wagner (PT-BA) conduz reunião no Senado, 25 de maio de 2022
Uma das fontes disse que quando o governo Biden havia falado anteriormente em particular com os intermediários do ex-presidente, eles se concentraram no meio ambiente, ponto que o Partido dos Trabalhadores identificou como sendo de atrito importante entre Bolsonaro e o presidente Joe Biden.
Segundo a mídia, a visita não anunciada de Wagner a Washington reforça o ceticismo de Lula – e de outros esquerdistas latino-americanos – em relação ao governo estadunidense. Também contrasta com a turnê de destaque do petista pela Europa em novembro, quando deu boas-vindas a líderes franceses, alemães e espanhóis.
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Lula mantém suspeitas sobre os Estados Unidos, dizendo que investigadores norte-americanos colaboraram com os promotores brasileiros que o colocaram na prisão. Enquanto isso, Washington discorda do apoio público de Lula aos governos de esquerda de Cuba, Venezuela e Nicarágua, que Washington considera "antidemocráticos".
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