Panorama internacional

Ministro da Finlândia diz que nenhuma ameaça do grupo curdo PKK à Turquia virá do solo de seu país

O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, declarou neste domingo (22) que seu país pode dar à Turquia garantias de que não abrigará membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), rotulados de "terroristas" por Ancara e pela União Europeia (UE).
Sputnik
A Turquia se opôs à adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) depois de acusar as duas nações nórdicas de apoiarem o grupo militante curdo.

"Essas garantias certamente podem ser dadas à Turquia. Como o PKK é uma organização listada como terrorista na Europa, é importante que façamos nossa parte para não permitir nenhuma atividade terrorista em solo finlandês", disse Haavisto, em entrevista à emissora finlandesa Yle.

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Ele disse acreditar que a adesão da Finlândia à OTAN pode levar algumas semanas.
A fala ocorreu dias depois de Haavisto sugerir que Helsinque estava a poucos dias de um avanço nas negociações da adesão.

"Estou otimista de que os problemas serão resolvidos, mas pode levar algum tempo", admitiu.

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Mais cedo, Naim Baburoglu, general aposentado e antigo representante da Turquia na OTAN, declarou que seu país deve, se necessário, fazer uso de seu poder de veto contra a adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN por 20 anos, mas Ancara deve, em primeiro lugar, conduzir negociações sobre isso com os EUA, e não com os países escandinavos.
"Quem mais do que ninguém quer que a Suécia e a Finlândia se juntem à OTAN? Os EUA, que têm planos para cercar a Rússia no norte do Báltico. Assim, tendo em conta o desejo e o encorajamento dos EUA à adesão desses países à OTAN, a Turquia deve, em primeiro lugar, conduzir um diálogo com os EUA sobre essa questão", disse Baburoglu neste domingo (22) em entrevista ao jornal Sozcu.
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