Panorama internacional

Turquia insta Suécia a deixar de apoiar 'organizações terroristas'

Na quarta-feira (18) a Suécia e a Finlândia declararam sua vontade de aderir à Aliança Atlântica, mas a Turquia exige cessar o apoio a organizações curdas, que considera terroristas.
Sputnik
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, disse durante uma conversa telefônica com Magdalena Andersson, primeira-ministra da Suécia, que é necessário parar de apoiar organizações terroristas e levantar as restrições impostas por Estocolmo a Ancara na indústria da defesa, disse no sábado (21) o escritório presidencial.
Na quarta-feira (18) a Finlândia e a Suécia entregaram seus pedidos de adesão à OTAN a Jens Stoltenberg, secretário-geral da aliança.
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Ancara, por sua vez, informou seus aliados da OTAN que não aceitaria a adesão devido a seu apoio aberto ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) e à milícia Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo), que são consideradas organizações terroristas pela Turquia. Ann Linde, ministra das Relações Exteriores da Suécia, lembrou que o país nórdico foi um dos primeiros a listar o PKK como uma organização terrorista em 1984.
"O presidente Erdogan salientou que o apoio político, financeiro e de armas que a Suécia tem prestado às organizações terroristas deveria cessar [...] O presidente Erdogan declarou ainda que as restrições impostas pela Suécia à Turquia na indústria de defesa após a Operação Primavera de Paz, que a Turquia teve que lançar [em 2019] devido à ameaça terrorista proveniente da Síria contra a Turquia, também deveriam ser levantadas", sublinhou o escritório em uma declaração.
Também no sábado (21), Stoltenberg conversou com Erdogan sobre a questão.
"Falei com o presidente Erdogan, de nosso estimado aliado Turquia, sobre a importância da Porta Aberta da OTAN e os pedidos de adesão da Finlândia e da Suécia. Concordamos que as preocupações de segurança de todos os Aliados devem ser levadas em conta, e as conversações devem continuar a encontrar uma solução", escreveu o secretário-geral do bloco militar no Twitter.
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