Panorama internacional

EUA acusam Cuba de usar polêmica em torno da Cúpula das Américas como estratégia de propaganda

Para o país norte-americano, Havana faz propaganda com possível "não convite" dos EUA a Cuba para cúpula e desvia o foco de questões de direitos humanos que acontecem em território cubano.
Sputnik
O governo Biden nesta quinta-feira (19) acusou Cuba de alimentar polêmica sobre sua possível exclusão da Cúpula das Américas sediada pelos Estados Unidos no próximo mês para retratar Washington como o "cara mau" e desviar a atenção do histórico de direitos humanos em Havana, segundo a Reuters.
Falando em uma conferência na América Latina, Kerri Hannan, subsecretária de Estado Adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental (WHA, na sigla em inglês), disse que os países que ameaçaram pular a reunião regional se Cuba, Venezuela e Nicarágua não forem convidados deveriam comparecer ou perderiam a oportunidade de se envolver com os Estados Unidos, relata a mídia.
Um possível boicote à cúpula de 6 a 10 de junho por um número crescente de líderes, incluindo o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, aumentou o risco de constrangimento para o presidente Joe Biden, que sediará a reunião em Los Angeles.
Presidentes de Cuba (Raúl Castro) e Estados Unidos (Barack Obama) se encontraram durante a 7ª Cúpula das Américas, realizada em abril, no Panamá
Na terça-feira passada (10), López Obrador disse em uma coletiva de imprensa que, se os EUA excluírem Cuba da reunião, o governo mexicano enviará uma delegação, mas o presidente não participará, conforme noticiado.
A Casa Branca disse que ainda não enviou convites e se recusou a fornecer detalhes. No entanto, um alto funcionário do Departamento de Estado disse em abril que Cuba, Nicarágua e Venezuela provavelmente seriam excluídos porque não demonstraram respeito pela democracia.
Notícias do Brasil
Reuters: Bolsonaro planeja não ir à Cúpula das Américas organizada por Biden
Na semana passada, também foi ventilado pela agência que talvez o presidente, Jair Bolsonaro (PL), não compareça ao evento, porém o motivo não foi especificado.
O líder da Guatemala, Alejandro Giammattei, disse na terça-feira (17) que não compareceria, um dia depois de os Estados Unidos criticarem a renomeação de um procurador-geral ligado à corrupção.
Já ontem (18), o chefe de Estado da Nicarágua, Eduardo Ortega, afirmou que a cúpula não estimula seu governo e que Manágua não está interessada a subir ao "cume dos ianques".
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