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Carlos França diz que viu 'com estranheza' anuncio do TSE sobre observadores da UE nas eleições

Chanceler também enfatizou que o presidente da República não interferiu na objeção à vinda de membros do bloco europeu, com a rejeição partindo do próprio Itamaraty e não do Palácio do Planalto.
Sputnik
Reforçando um posicionamento que já havia expressado quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou membros da União Europeia para acompanharem as eleições no Brasil em abril, o Itamaraty nesta quarta-feira (18), através do ministro Carlos França, rejeitou as declarações da Corte ontem (17) dizendo que as eleições poderiam ter mais de 100 observadores internacionais, incluindo os europeus.

"Vi com certa estranheza o desejo [do TSE] de convidar a União Europeia. Acho difícil que possamos ter como observador eleitoral uma organização da qual não fazemos parte. A UE não costuma mandar missões eleitorais nem para seus próprios membros. Tivemos recentemente eleição em Portugal, eleição na Hungria, e não houve missão eleitoral do bloco", disse França citado pelo jornal O Globo.

De acordo com a mídia, o chanceler também afirmou que o Brasil está dando uma "aula de democracia" ao trazer representantes de órgãos como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
França assegurou ainda que o presidente, Jair Bolsonaro (PL), jamais se "envolveu nessa questão" sobre os europeus, e que coube ao Itamaraty, e não ao Palácio do Planalto, se manifestar contra o envio de observadores da região.
O TSE já tinha convidado observadores da UE ao Brasil em abril. Porém, com a resistência do governo brasileiro, a Corte suspendeu as tratativas com o bloco.
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