Panorama internacional

Biden diz apoiar pedidos da Suécia e Finlândia para adesão à OTAN, os chama de 'históricos'

As nações nórdicas apresentaram formalmente suas propostas de adesão à OTAN nesta quarta-feira (18). Ancara ameaçou bloquear sua entrada em meio a uma briga com Helsinque e Estocolmo sobre seu abrigo de grupos curdos turcos, que buscam sua independência e autonomia, que a Turquia considera "terroristas".
Sputnik
O presidente dos EUA, Joe Biden, saudou "calorosamente" as candidaturas sueca e finlandesa de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e prometeu "trabalhar" com os países para deter as ameaças.

"Saúdo calorosamente e apoio fortemente os pedidos históricos da Finlândia e da Suécia de adesão à OTAN e espero trabalhar com o Congresso dos EUA e nossos aliados da OTAN para trazer rapidamente a Finlândia e a Suécia para a aliança defensiva mais forte da história", disse Biden em um comunicado preparado e divulgado pela Casa Branca nesta quarta-feira (18).

Caracterizando o par de nações nórdicas como "parceiros fiéis e de longa data" dos Estados Unidos, Biden assegurou que, "ao ingressar na OTAN, eles fortalecerão ainda mais nossa cooperação em defesa e beneficiarão toda a Aliança Transatlântica", inclusive por meio de exercícios e uma "presença na região do mar Báltico".
"Enquanto seus pedidos de adesão à OTAN estão sendo considerados, os Estados Unidos trabalharão com a Finlândia e a Suécia para permanecer vigilantes contra quaisquer ameaças à nossa segurança compartilhada e para impedir e enfrentar uma agressão ou uma ameaça de agressão", acrescentou Biden.
Biden deve se reunir com a primeira-ministra sueca Magdalena Andersson e o presidente finlandês Sauli Niinisto em Washington, DC, na quinta-feira (19) para discutir suas candidaturas à OTAN e a situação da segurança na Europa.
Panorama internacional
Turquia não pode concordar com todas propostas internas da OTAN, diz Erdogan
A Turquia ameaçou bloquear as propostas dos países para aderir ao bloco, com o presidente Recep Tayyip Erdogan e seus aliados emitindo uma série de declarações esta semana no sentido de que Estocolmo e Helsinque sejam mantidos na "sala de espera" até que problemas substantivos entre eles sejam resolvidos. A divergência gira em torno do acolhimento de curdos supostamente ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK na sigla em curdo), que Ancara designa como organização terrorista em ambos os países.
Outras questões, incluindo as sanções dos EUA contra a Turquia pela compra de um sistema de defesa aérea de fabricação russa, também estão na mesa no que diz respeito a Ancara. "Sempre apoiaremos a aliança e o espírito aliado. Mas não podemos dizer 'sim' a todas as propostas, não podemos dizer 'sim' a uma aliança com os países que apoiam terroristas que ameaçam a segurança da Turquia", disse Erdogan em uma reunião do Partido da Justiça e Desenvolvimento, nesta quarta-feira.
A Suécia e a Finlândia anunciaram planos para pressionar pela adesão à OTAN logo após a Rússia iniciar sua operação militar especial na Ucrânia em fevereiro, rompendo com muitos anos (e no caso da Suécia, séculos) de neutralidade e não envolvimento em conflitos de grande escala na Europa.
A Rússia alertou que a adesão das nações nórdicas ao bloco ocidental não contribuirá para a segurança regional e, ao contrário, constitui um "erro com implicações de longo alcance".
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