Panorama internacional

Coreia do Norte mobiliza militares para estabilizar suprimentos médicos durante surto de COVID-19

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou a mobilização de suas forças militares para estabilizar o suprimento de insumos médicos em meio ao recente surto de COVID-19 no país, afirmou a mídia sul-coreana, neste domingo (15).
Sputnik
Conforme publicou a agência de notícias sul-coreana Yonhap, a mobilização busca normalizar o suprimento na capital, Pyongyang. Além do uso dos militares, as farmácias do país passarão a funcionar em regime de 24 horas e as reservas estatais de medicamentos serão utilizadas.
Segundo a agência, a mídia estatal da Coreia do Norte divulgou informações apontando que a ordem ocorreu após reunião do partido que governa o país na qual Kim Jong-un demonstrou insatisfação com a situação do suprimento de insumos médicos. O encontro buscou definir ações de combate à crise sanitária no país.
O presidente norte-coreano, Kim Jong-un, usa uma máscara de proteção durante encontro, após a descoberta de um surto de COVID-19 na capital Pyongyang, Coreia do Norte, 12 de maio de 2022
Na quinta-feira (12), a Coreia do Norte reportou seu primeiro surto de COVID-19 desde o início da pandemia. Desde então, o número de casos no país cresceu rapidamente. Segundo publicou a emissora estatal norte-coreana KCNA, o país acumula pelo menos oito mortes e 1,2 milhão de pessoas com sintomas da doença. A KCNA se refere a esses casos como "pessoas com febre". Desde o sábado (14), pelo menos mais 392 mil novas pessoas entraram para essas estatísticas.
Em resposta ao surto, a Coreia do Norte implementou um "sistema anti-epidemia de emergência de alta importância" sob direção de Kim Jong-un. O país também iniciou um lockdown em todas as suas cidades para barrar a disseminação do vírus e "erradicar a fonte de infecção" o mais rápido possível. Estima-se que o país asiático tenha cerca de 26 milhões de habitantes.
Na quinta-feira (12), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, comentou a situação no país vizinho e afirmou que Pequim dará "apoio total" a Pyongyang no combate à COVID-19.
Comentar