Panorama internacional

China pede ao G7 que pare de impor sanções ilegítimas e de se intrometer na relação Pequim-Moscou

Chancelaria chinesa acredita que a imposição de sanções só propaga crise ucraniana e estende o conflito. Ao mesmo tempo, o gigante asiático instou ao G7 que não intervenha nos assuntos internos chineses e em sua comunicação com a Rússia.
Sputnik
Os países do G7 não devem prejudicar os interesses da China para resolver a crise na Ucrânia e esclarecer as relações com a Rússia, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, nesta segunda-feira (16).

"A China pede a todas as partes que façam mais para estimular e promover negociações de paz a fim de criar um espaço para um acordo político. Os países envolvidos não devem de forma alguma prejudicar os interesses legítimos da China em lidar com a crise ucraniana e a questão das relações com a Rússia", disse o porta-voz em coletiva de imprensa.

O diplomata também indicou que "a imposição de sanções não é uma forma eficaz de resolver os problemas, pelo contrário, pode acelerar a extensão do conflito na Ucrânia e causar novos desafios".
"A China sempre determina sua posição e política com base nos méritos da questão. Sempre nos opomos à imposição de sanções unilaterais a outros Estados, burlando a lei internacional e o mandato da ONU", afirmou.
Os países-membros do G7 devem se concentrar em alcançar a paz e "parar de aplicar padrões duplos e enviar aviões e navios de guerra para as fronteiras de outras nações a fim de demonstrarem seu poder".
Mais cedo, os Estados-membros do grupo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) em uma declaração conjunta, pediram a Pequim que não ajudasse Moscou, "minando" as sanções contra ela ou "justificando" as ações russas na Ucrânia.
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Taiwan

A ilha sempre é um assunto que vem à tona quando se trata de política externa chinesa. Na mesma coletiva de imprensa, Zhao também disse ao grupo para interromper as calúnias que promove contra Pequim e a não interferir em seus assuntos internos.
"A China mantém uma posição clara e consistente em relação a Hong Kong, Taiwan, Sinkiang e áreas marítimas [...]. Desrespeito pela posição e fatos objetivos da China, interferência grosseira nos assuntos internos da República Popular, difamações maliciosas e o uso do conflito russo-ucraniano para pressionar a China é uma retórica absurda e um esforço desperdiçado", concluiu.
Na sexta-feira (13), o gigante asiático também instou os EUA a promoverem a paz e a cooperação com países da ASEAN sem provocar confrontos ao direcionarem investimentos para combater a China na região, conforme noticiado.
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