Panorama internacional

Secretário-geral da OTAN acredita que operação militar de Moscou não está ocorrendo como planejada

O secretário-geral da aliança atlântica, Jens Stoltenberg, acredita que a operação militar especial russa na Ucrânia não está indo do jeito que foi planejada e que Kiev deve sair vitorioso do conflito.
Sputnik
A Ucrânia poderia obter uma vitória em sua luta contra as forças russas, já que a situação no campo de batalha não está se desenvolvendo de acordo com os planos de Moscou, afirmou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, neste domingo (15).
Falando aos repórteres após as reuniões informais dos ministros das Relações Exteriores do bloco militar, Stoltenberg revelou que os principais tópicos das discussões foram "o forte apoio à Ucrânia, o fortalecimento da dissuasão e defesa da OTAN" e as implicações de longo prazo do conflito, o que inclui a futura postura da aliança em relação à Rússia.
Chamando a operação militar de Moscou de "guerra da Rússia na Ucrânia", o secretário-geral insistiu na tese difundida pelo Ocidente de que a situação não está transcorrendo como Moscou havia planejado. "Eles não conseguiram tomar Kiev. Eles estão se afastando da Carcóvia, sua grande ofensiva no Donbass parou. A Rússia não está atingindo seus objetivos estratégicos", disse Stoltenberg acrescentando que, "a OTAN está mais forte do que nunca" e os EUA e a Europa estão "solidamente unidos".
O secretário-geral da aliança afirmou que "os ucranianos estão defendendo bravamente sua pátria", e acrescentou que o fornecimento de armas e outros apoios de seus aliados estão "fazendo uma diferença real no campo de batalha", mas não mencionou qualquer esforço conjunto para a abertura de diálogos de paz.
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Stoltenberg revelou ainda que a cúpula da OTAN de junho, em Madri, será um momento para "decisões importantes" dos aliados, incluindo as que visam reforçar a dissuasão e as defesas da aliança.
A Rússia, por sua vez, alega estar cumprindo todos os seus objetivos na Ucrânia e que não irá se desviar do caminho pretendido. Durante uma transmissão de TV no sábado (14), o embaixador russo nos EUA disse que não haveria "capitulação".
No início deste mês, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a operação militar especial da Rússia na Ucrânia estava indo "de acordo com o plano".
Moscou tem alertado consistentemente o Ocidente contra o envio massivo de armas para a Ucrânia, alegando que isso só leva ao prolongamento do conflito, criam problemas de longo prazo no território. A Rússia também salientou que quaisquer armas estrangeiras em território ucraniano seriam consideradas alvos legítimos.
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