Panorama internacional

MRE do G7: 'Continuaremos com ajuda militar à Ucrânia enquanto for necessário'

Os chanceleres dos países-membros do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) se reuniram em Weissenhaus, na Alemanha, e confirmaram sua disposição de continuar apoiando o governo de Kiev
Sputnik
Neste sábado (14), o Grupo dos Sete prometeu continuar ajudando militarmente a Ucrânia e reforçar o isolamento político e econômico da Rússia.
Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e União Europeia (UE), reunidos no palácio alemão Weissenhaus, confirmaram sua disposição de continuar fornecendo armas à Ucrânia e assistência em sua defesa contra a Rússia "o tempo que for necessário".
Ao mesmo tempo, os altos funcionários instaram a China a não ajudar a Rússia ou justificar a operação militar especial em andamento de Moscou no país vizinho.
O portal Der Spiegel informou, na sexta-feira (13), que os membros do G7 estão dispostos a fornecer à Ucrânia uma ajuda financeira no valor de cerca de € 30 bilhões (cerca de R$ 158 bilhões), uma iniciativa que, segundo a mídia alemã, está prevista para ser aprovada na reunião dos ministros das Finanças do grupo que vai acontecer semana que vem em Petersberg, na Alemanha.
Panorama internacional
Países do G7 pretendem reduzir ou proibir a importação de petróleo da Rússia
O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, declarou em entrevista à FAZ, publicada na terça-feira (10), que a Ucrânia tem de chegar à mesa de negociações com a Rússia a partir "de uma posição de força" e que "a tarefa agora é colocar os ucranianos nessa posição".
Entretanto, os ministros das Relações Exteriores concordam que a situação na Ucrânia piorou as perspectivas de desenvolvimento da economia global, causando um aumento drástico nos preços dos alimentos e combustíveis.
Em declaração conjunta, os representantes instaram a Rússia a acabar com o que chamaram de "bloqueio às exportações de grãos da Ucrânia" e enfatizaram que cerca de 43 milhões de pessoas no mundo estão a um passo da fome, mas negaram que as sanções ocidentais à Moscou sejam, em parte, responsáveis pelas crises de abastecimento e energia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na quarta-feira (11) que as ações da Rússia "não influenciam de forma alguma os problemas alimentares no mundo" e que as dificuldades de abastecimento surgiram "da imposição pelo Ocidente de sanções ilegítimas" e são complicadas pela colocação de minas nos portos da Ucrânia.
Panorama internacional
Líderes do G7 estariam discutindo com UE e OTAN alternativas à adesão da Ucrânia à aliança
Lavrov denunciou também que as autoridades ucranianas rejeitam uma colaboração que contribua para a saída dos navios bloqueados dos portos, que transportam carregamentos de trigo e outros cereais.
Os ministros prometeram acelerar os esforços para reduzir e acabar com a dependência dos suprimentos russos de petróleo, gás natural e carvão o mais rápido possível.
Os membros da UE devem chegar a um acordo na próxima semana sobre o embargo ao petróleo russo, que vê forte resistência da Hungria.
Da mesma forma, os ministros do G7 concordaram em continuar impondo sanções contra membros da elite russa, entidades econômicas e instituições governamentais ligadas à operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
Comentar