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Iraniano diz que Mossad o forçou, sob tortura, a admitir tentativa de assassinato de general dos EUA

Autoridades israelenses confirmaram no final de abril que a Mossad frustrou tentativas de assassinato ao capturar um agente do IRGC. No entanto, após ter sua identidade revelada, o suposto criminoso nega as acusações e diz que as confirmou após ser torturado.
Sputnik
A agência de espionagem Mossad de Israel capturou um agente do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) e o acusou de planejar uma série de assassinatos, incluindo um general dos EUA não identificado baseado na Alemanha, um diplomata israelense que trabalha na Turquia e um jornalista na França, conforme noticiado.
Agora, a identidade do homem foi revelada, seria Mansour Rasouli, de 52 anos, que teria sido retirado do Irã em abril e interrogado até confessar. A ele, também foi prometido mais de US$ 1 milhão (R$ 5,5 milhões) para matar o general norte-americano, com os nomes das vítimas suspeitas não divulgados.
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De acordo o Iran International, Rasouli é membro de um grupo criminoso iraniano que se dedica ao contrabando, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, mas também estava "próximo" ao IRGC.
Entretanto, o acusado nega as alegações e diz que, ao contrário das acusações do Mossad, ele foi sequestrado e forçado a confessar sob tortura atos que nunca fez ou planejava fazer. Rasouli enfatizou que ele era apenas um fazendeiro, não um assassino.

"Eles me colocaram gás lacrimogêneo, amarraram minhas mãos, me vendaram e colocaram um saco na minha cabeça. Eles me forçaram brutalmente a entrar em um carro e me levaram para um lugar desconhecido [...]. Eles me disseram que matariam a mim e minha família e me torturaram severamente. Falaram também que eu tinha que dizer tudo o que eles me disseram – que fui emissário da Corpo de Guardiões e que fui enviado para matar pessoas na Europa e na Turquia", afirmou Rasouli citado pela mídia.

O Departamento de Estado dos EUA não comentou os relatórios, no entanto, o secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou anteriormente a existência de uma "ameaça" persistente de que funcionários atuais e antigos dos EUA podem ser alvos do IRGC, o qual Washington designou como uma organização terrorista em 2019.
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