Panorama internacional

Em cúpula da ASEAN, EUA dizem aos líderes do Sudeste Asiático que vão ficar por 'gerações' na região

Encontro começou com jantar oferecido pela Casa Branca na quinta-feira (12) e reuniu dez membros da associação. Washington disse estar preparado para se fazer "presente e engajado" pelas "próximas gerações" no Sudeste Asiático.
Sputnik
Nesta sexta-feira (13), durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), a vice-presidente, Kamala Harris, disse que os EUA ainda vão ficar por muito tempo na região, segundo a Reuters.
"Os Estados Unidos e a ASEAN compartilharam uma visão para esta região e juntos nos protegeremos contra ameaças às regras e normas internacionais. [...] Como uma nação do Indo-Pacífico, os Estados Unidos estarão presentes e continuarão engajados no Sudeste Asiático nas próximas gerações", afirmou Harris.
Apesar de não ter explicado sobre o que considera uma ameaça, Washington acusa a China de usar coerção contra seus vizinhos, os países presentes na cúpula.
Os dez membros são formados por Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
Líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) posam com o presidente Joe Biden em uma foto de grupo no gramado sul da Casa Branca em Washington, quinta-feira, 12 de maio de 2022
Na quinta-feira (12), o governo Biden prometeu US$ 150 milhões (R$ 757 milhões) para ajudar a melhorar a infraestrutura, segurança, preparação para pandemias e outros projetos na ASEAN, conforme noticiado. Mas os gastos dos EUA são insignificantes em comparação aos da China.
Segundo a mídia, no ano passado, o gigante asiático prometeu US$ 1,5 bilhão (R$ 7,57 bilhões) em assistência ao desenvolvimento para o bloco ao longo de três anos para combater a COVID-19 e impulsionar a recuperação econômica. Autoridades dos EUA admitem que Washington precisa intensificar seu jogo na região, afirma Reuters.
Ainda durante seu discurso, Kamala Harris, reforçou a vontade norte-americana de atuar em conjunto aos países da associação.
"Juntos, devemos aumentar nossa ambição coletiva, acelerar a transição para limpar tudo e atender às nossas necessidades de infraestrutura de forma sustentável", disse ela.
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