Ciência e sociedade

Enorme buraco natural de 192 m de profundidade com floresta dentro é encontrado na China (VÍDEO)

Uma equipe de exploração de cavernas descobriu na semana passada um buraco natural gigante no condado chinês de Leye, na região autônoma Zhuang de Guangxi, informou a mídia local.
Sputnik
Com esta descoberta, o número de buracos naturais achados em Leye, batizado de "capital mundial dos buracos gigantes de carste", eleva-se a 30.
Um gigantesco buraco natural de carste, com uma profundidade máxima de 192 metros, foi descoberto no condado de Leye, em Guangxi, no sul da China, confirmou o Serviço Geológico da China no sábado [7]. O número de buracos no município aumentou agora para 30.
Chen Lixin, que liderou a expedição, revelou que a equipe teve que atravessar uma densa floresta subterrânea para descer até o fundo do buraco, coberto de árvores de quase 40 metros de altura e plantas que quase chegam aos ombros.

"Não me surpreenderia se descobríssemos que nestas cavernas foram encontradas espécies desconhecidas ou não descritas pela ciência até agora", disse Lixin.

Uma equipe de exploração de cavernas descobriu um gigantesco buraco natural de carste no condado de Leye, na região autônoma de Guangxi Zhuang, no sul da China, elevando o número de sumidouros de Leye para 30.
Segundo detalhou Zhang Yuanhai, engenheiro principal do Instituto de Geologia Cárstica do Serviço Geológico da China, o buraco, que se encontra perto da localidade de Ping'e, tem 306 metros de comprimento, 150 metros de largura e uma profundidade máxima de 192 metros. O seu volume é superior a cinco milhões de metros cúbicos, pelo que a descoberta pode ser classificada como um dos buracos conhecidos na China como "tiankeng".
No total, os exploradores encontraram três grandes aberturas na parede do buraco, que poderiam corresponder aos restos de sua evolução posterior.
"Quer seja uma evidência da evolução do buraco ou do ecossistema único após a sua formação, ele tem um alto valor científico e de divulgação científica", disse Zhang.
Estes buracos gigantescos se formam onde a rocha abaixo da superfície da terra é calcário ou outras rochas solúveis, que podem ser dissolvidas naturalmente pela circulação da água subterrânea. A flutuação do nível da água acelera esse processo de colapso. Quando a água sobe através de fissuras na rocha, ela reduz a coesão do solo. Mais tarde, conforme o nível da água desce, o solo amolecido penetra nas cavidades rochosas, formando sumidouros gigantescos.
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