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PF aprova paralisação da categoria e pede renúncia de Anderson Torres do Ministério da Justiça

Em uma campanha indignada contra o governo pelo pequeno valor do aumento salarial, delegados e policiais validam paralizações a serem definidas em calendário e pedem a saída do atual chefe da pasta da Justiça.
Sputnik
A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) aprovou medidas em assembleias nesta segunda-feira (2) e ontem (3) em reação ao reajuste concedido pelo governo para classe em abril, segundo o jornal O Globo.
Entre as propostas, estão a realização de paralisações parciais e progressivas dos policiais, com calendário a ser definido entre os delegados e as demais categorias da corporação, e o pedido de renúncia do cargo do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
Torres é delegado da PF, e a ADPF aponta que, "pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro", ele será pressionado a renunciar.
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A diretora da associação, delegada Tania Prado, afirmou à mídia que "este governo é o responsável exclusivo por esta situação insustentável e pelo enfraquecimento da PF. A luta é pela sobrevivência da Polícia Federal e por tudo que ela representa".
Ao mesmo tempo, a instituição voltou a falar sobre o uso da imagem da PF como ferramenta de marketing político por parte do governo Bolsonaro.
"É importante destacar que a segurança pública foi a maior bandeira de campanha do governo Bolsonaro e o destacado trabalho das forças de segurança vem sendo utilizado, indevidamente, pelo presidente como instrumento de marketing para a sua reeleição", diz a Associação dos Delegados em nota.
Para tentar "acalmar" a categoria, o presidente, Jair Bolsonaro (PL) anunciou na segunda-feira (2) que abriria mais vagas para concursados que queiram entrar na corporação.

Entretanto, a medida parece não ter sido enaltecida pelos policiais, uma vez que a decisão concreta da paralização ocorreu hoje (4).
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